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ENTREVISTA
"Isso não será aceito por muito tempo", diz reitor
DE SÃO PAULO
Para o reitor da USP, os
grevistas usam "violência"
de forma "sistemática".
Folha - Como o senhor vê o
episódio de ontem?
João Grandino Rodas - Foi
um atentado às pessoas que
trabalham na universidade.
A creche é um lugar onde
crianças estão guardadas.
Isso demonstra que os
meios usados pelo sindicato são fora de época e de
propósito. Não guardam
respeito nem às crianças. O
uso da violência está sendo
feito de forma sistemática.
O que a USP planeja fazer?
A universidade está atenta ao desenrolar disso. A cada prédio tomado pedimos
imediatamente mandado
de reintegração de posse e
com esse não será diferente.
Pensa em chamar a PM?
É necessário ter uma certa cautela. A gente espera
que haja bom senso na negociação de quarta-feira,
mas o sindicato diz que, se
não for aceito o que eles
querem, vão invadir o CCE
(Centro de Computação Eletrônica). Fizemos um Boletim de Ocorrência contra
eles. A saída, antes de tudo,
é conscientizar a todos da
comunidade da USP e de fora dela. Não conheço outra
situação em que os colegas,
pais das crianças, pensaram em buscar uma proteção. O tempo está demonstrando que isso [as atitudes
dos grevistas] não vai ser
aceito por muito tempo.
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