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Sítio de goleiro é vasculhado pela polícia
Propriedade de Bruno Fernandes, que, diz a polícia, é suspeito pelo sumiço de ex-namorada, foi vasculhada
Polícia diz que ainda "não é interessante" ouvir jogador, que
nega participação
no desaparecimento
Alex Jesus/Folhapress
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Policiais civis em frente ao sítio do goleiro Bruno, local onde buscam pistas sobre Eliza Samudio, ex-namorada do atleta
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
A Polícia Civil de Minas
Gerais iniciou ontem buscas
no sítio do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, em Esmeraldas (região metropolitana de BH). Ele é, segundo a
polícia, suspeito pelo desaparecimento da ex-namorada Eliza Silva Samudio, 25.
A polícia investiga uma
denúncia anônima que informou que Bruno e mais dois
amigos espancaram Eliza até
a morte e ocultaram o corpo.
Ela está desaparecida há
quase um mês.
Segundo a polícia, o filho
dela, cuja paternidade o jogador não assume, ficou no
sítio até a última sexta, quando foi escondido por um amigo de Bruno, Coxinha, a pedido da mulher do jogador,
Dayanne.
A criança foi encontrada
pela polícia no sábado passado em uma casa da periferia
de Contagem (região metropolitana de BH). Desde anteontem, ele está sob cuidados do avô materno.
Ontem, a polícia não quis
dar detalhes sobre os depoimentos que estão sendo
prestados para manter o sigilo das investigações.
POLÍCIA RECUA
A cúpula da polícia mineira interveio no caso após a
delegada responsável, Alessandra Wilke, de Contagem,
ter rapidamente levantado
fortes suspeitas sobre Bruno
no sábado. Na ocasião, Wilke
disse que "tudo indica que
ela esteja morta".
Ontem, o delegado Edson
Moreira, chefe de Wilke, disse que, enquanto não houver
corpo, trata-se só de um desaparecimento. Segundo a
polícia, "não é interessante
ouvir Bruno agora" e é preciso ter mais elementos.
Mas a polícia mantém a
versão de que o depoimento
de Dayanne, mulher do jogador, tem contradições. Ela
chegou a negar em depoimento que o bebê de Eliza esteve no sítio de Bruno.
Depois, disse que Eliza
abandonou a criança no Rio,
o que a levou a mandar o bebê para Minas. Dayanne chegou a ser detida, mas foi solta
porque, segundo a polícia,
não tem antecedentes. A Folha não conseguiu localizar
a mulher do jogador.
Segundo a delegada, o pai
de Eliza e amigas afirmaram
que ela nunca abandonaria o
bebê, uma vez que seria traumatizada por ter sido ela
mesma abandonada pela
mãe quando criança.
As datas-chave para a investigação são os dias 4 ou 5
de junho, quando a ex-namorada disse a amigas que
iria para Minas a pedido de
Bruno e o período entre 6 e
10 de junho, quando o jogador esteve em Minas.
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