São Paulo, terça-feira, 29 de junho de 2010

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Jogador diz a amigos que vai rir da situação

DIANA BRITO
LIANA LEITE
DO RIO

O goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, que, segundo a polícia, é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Silva Samudio, 25, foi afastado ontem do time e não vai viajar com os demais jogadores para Itu, interior de São Paulo.
O goleiro chegou com quase duas horas de atraso ao treino, marcado para as 9h, e não entrou em campo.
Para amigos, Bruno afirmou que está com a consciência tranquila e que ainda vai rir da situação.
De acordo com o vice-presidente jurídico do clube, Rafael de Piro, o afastamento do atleta não é uma punição, mas sim uma forma de deixá-lo à disposição da Justiça.
Bruno esteve à tarde na casa de seu advogado -e diretor jurídico do Flamengo-, Michel Assef Filho.
Segundo o defensor, Bruno "reza" para Eliza aparecer. "Ele vai prestar todos os esclarecimentos à polícia. Seu depoimento pode, inclusive, ajudar a encontrá-la."
O advogado não soube explicar o motivo de a criança ter sido encontrada na sexta-feira com Dayanne Souza, 23, mulher do goleiro.

TESTEMUNHA
Jader Marques, advogado que representa a família de Eliza, disse ontem que uma amiga da jovem relatou à polícia ter falado com ela pela última vez no dia 9.
Na ocasião, a jovem afirmou, segundo ele, que estava no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG), com o filho.
Marques disse que a testemunha, cujo nome não foi revelado, também afirmou que no mesmo dia um homem ligou do mesmo celular para saber com quem Eliza falara.

DNA
Segundo Marques, o exame de DNA sobre a paternidade do bebê estava prestes a ser realizado após conversa "amigável" entre os advogados do casal.
Em outubro, Eliza registrou queixa contra Bruno acusando-o de sequestro, ameaça e agressão. Na época, ele negou as acusações.
Eliza fez então, disse Marques, um exame toxicológico no IML (Instituto Médico Legal), pois, segundo ela, o atleta a obrigara a tomar medicamento para causar aborto. "Até hoje aguardamos o resultado desse exame."
Ontem no IML um porteiro avisava que não havia ninguém para dar informações.


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