São Paulo, terça-feira, 29 de junho de 2010

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Bomba caseira isola área interna de Cumbica por 2h

Gate removeu sacola deixada por assaltante no terminal 1, na qual estava explosivo caseiro; não houve pânico

Assaltante entregou bilhete a funcionária do estacionamento anunciando ter bombas e levou R$ 16 mil

AFONSO BENITES
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

Um bilhete escrito com letras recortadas de revistas anunciava o assalto e a existência de três bombas dentro do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP).
A carta fora entregue por um homem desarmado, sem máscara, a uma funcionária do estacionamento Margem Park, na área do aeroporto, às 22h de anteontem.
Depois de ler a ameaça, a mulher deu os R$ 16 mil do caixa ao homem, que parecia conhecer de perto a rotina do estabelecimento. Ele fugiu e, até ontem à noite, não tinha sido preso nem identificado.
Policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foram chamados a Cumbica. Viram uma sacola rosa abandonada no terminal 1, perto do desembarque, ao lado do guichê do estacionamento e dos caixas eletrônicos.
Uma área de aproximadamente 30 metros ficou isolada por mais de duas horas, até o começo da madrugada. O movimento era pequeno e não chegou a haver pânico.
Alguns passageiros desembarcaram no terminal 2. Outros levaram as malas em carrinhos para se juntar às dezenas de curiosos -predominantemente funcionários do próprio aeroporto.

ROBÔ
Após retirar o artefato da sacola com auxílio de um robô monitorado à distância, os policiais notaram que ele parecia uma granada.
Levaram o objeto para fora do saguão do aeroporto e fizeram uma explosão controlada para tentar desmanchá-lo, o que não ocorreu.
Quando o levaram para a sede do Gate, perceberam que se tratava de uma bomba caseira, que continha, sim, explosivos, embora sem riscos para a estrutura do prédio. Ela foi detonada e seus destroços serão analisados.
"Quem fez essa bomba não é amador. Mas ela não causaria dano ao prédio. Se houvesse estilhaços dentro dela, poderia ferir ou matar alguma pessoa", disse o comandante do Gate, o capitão da PM Adriano Giovaninni.
A Polícia Civil investiga se funcionários ou ex-funcionários do estacionamento estão envolvidos. Está analisando as imagens do circuito interno do aeroporto para tentar identificar quem é o ladrão.
Procurados ontem, os responsáveis pelo Margem Park não foram encontrados.


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