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Bomba caseira isola área interna de Cumbica por 2h
Gate removeu sacola deixada por assaltante no terminal 1, na qual estava explosivo caseiro; não houve pânico
Assaltante entregou bilhete a funcionária do estacionamento anunciando ter bombas e levou R$ 16 mil
AFONSO BENITES
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
Um bilhete escrito com letras recortadas de revistas
anunciava o assalto e a existência de três bombas dentro
do aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos (Grande SP).
A carta fora entregue por
um homem desarmado, sem
máscara, a uma funcionária
do estacionamento Margem
Park, na área do aeroporto,
às 22h de anteontem.
Depois de ler a ameaça, a
mulher deu os R$ 16 mil do
caixa ao homem, que parecia
conhecer de perto a rotina do
estabelecimento. Ele fugiu e,
até ontem à noite, não tinha
sido preso nem identificado.
Policiais do Gate (Grupo
de Ações Táticas Especiais)
foram chamados a Cumbica.
Viram uma sacola rosa abandonada no terminal 1, perto
do desembarque, ao lado do
guichê do estacionamento e
dos caixas eletrônicos.
Uma área de aproximadamente 30 metros ficou isolada por mais de duas horas,
até o começo da madrugada.
O movimento era pequeno e
não chegou a haver pânico.
Alguns passageiros desembarcaram no terminal 2.
Outros levaram as malas em
carrinhos para se juntar às
dezenas de curiosos -predominantemente funcionários
do próprio aeroporto.
ROBÔ
Após retirar o artefato da
sacola com auxílio de um robô monitorado à distância,
os policiais notaram que ele
parecia uma granada.
Levaram o objeto para fora
do saguão do aeroporto e fizeram uma explosão controlada para tentar desmanchá-lo, o que não ocorreu.
Quando o levaram para a
sede do Gate, perceberam
que se tratava de uma bomba
caseira, que continha, sim,
explosivos, embora sem riscos para a estrutura do prédio. Ela foi detonada e seus
destroços serão analisados.
"Quem fez essa bomba
não é amador. Mas ela não
causaria dano ao prédio. Se
houvesse estilhaços dentro
dela, poderia ferir ou matar
alguma pessoa", disse o comandante do Gate, o capitão
da PM Adriano Giovaninni.
A Polícia Civil investiga se
funcionários ou ex-funcionários do estacionamento estão
envolvidos. Está analisando
as imagens do circuito interno do aeroporto para tentar
identificar quem é o ladrão.
Procurados ontem, os responsáveis pelo Margem Park
não foram encontrados.
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