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Militares sobem duas favelas em busca de fuzis roubados de museu
TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Militares do Exército fizeram
ontem operações nos morros Pavão-Pavãozinho (Copacabana,
zona sul) e Rocinha (São Conrado, zona sul) em busca de três fuzis furtados na véspera do Museu
Histórico do Exército, que funciona no Forte de Copacabana. Dois
soldados da unidade estão sendo
apontados como autores do furto.
As operações fracassaram. Nem
as armas nem os acusados foram
encontrados. O Exército planeja,
mesmo assim, manter a ocupação
no Pavão-Pavãozinho até a descoberta de pistas ou a localização
dos fuzis e dos responsáveis.
A ação dos militares no Pavão-Pavãozinho contou com a presença do comandante do CML (Comando Militar do Leste), general
Manoel Luiz Valdevez Castro. A
PM (Polícia Militar) e a Polícia Civil participaram da operação.
Segundo o CML, o soldado Carlos Henrique de Melo, 18, desmontou três fuzis FAL calibre 762
mm ao fazer manutenção das armas por volta das 20h30 de terça.
A seguir, teria guardado as peças
em uma bolsa e fugido pela praia
do Diabo, vizinha ao forte.
O soldado Carlos Eduardo Teixeira de Farias, 18, que também
servia no forte, mas não estava
trabalhando ontem, seria cúmplice de Melo. Ambos ingressaram
no Exército em março deste ano.
Munidos de mandados de prisão preventiva e de busca e
apreensão, 135 militares participaram da operação no Pavão-Pavãozinho, onde Melo mora. Ao
chegar à favela, os militares ouviram tiros, mas não houve revide.
O comandante do CML conversou com os pais do soldado.
Na Rocinha, militares à paisana
do serviço de inteligência do
Exército visitaram a casa de Farias
e também conversaram com seus
pais, que teriam se mostrado surpresos com a suposta participação do filho no furto das armas.
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