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Distribuição de vídeo de sexo é investigada
Polícia gaúcha procura 3.000 usuários que baixaram da internet cena de masturbação entre adolescentes
Imagem pornográfica com garoto de 16 anos e garota de 14 foi exibida na rede na madrugada de segunda-feira
JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO
A Delegacia de Repressão
aos Crimes Informáticos de
Porto Alegre vai investigar
quem são os mais de 3.000
usuários que baixaram o vídeo em que dois adolescentes se masturbam.
A investigação teve início
na segunda-feira, após um
casal de jovens -que afirmam ter 16 (ele) e 14 anos
(ela)- aparecer no site Twitcam (um serviço que permite
a usuários do microblog
Twitter mostrar ao vivo o que
quer que estejam fazendo)
para um público de mais de
26 mil pessoas.
Hoje, segundo o delegado
Emerson Wendt, serão pedidos ao site de hospedagem
de arquivos 4shared.com os
dados do usuário que disponibilizou o vídeo na página.
Ele e quem mais baixou ou
distribuiu o vídeo pode ser
indiciado com base no artigo
241-A do ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente),
que prevê pena de três a seis
anos de reclusão e multa por
divulgar imagens de sexo
com adolescentes.
A cena foi ao ar na madrugada de segunda-feira e causou furor entre internautas,
que acusaram o rapaz de pedofilia e de drogar a garota.
Pela internet, o jovem conversou com a Folha e se disse
arrependido. Na tarde de segunda, ele e a menina entraram novamente na Twitcam
para se explicar.
O jovem também gravou
um vídeo dizendo que ele e a
garota são menores de idade
e que, portanto, não houve
pedofilia.
LEILÃO
O jovem contou que a
aposta inicial era de ficarem
nus na Twitcam, mas que os
internautas os instigaram a
fazer sexo o tempo todo.
"Era como um leilão. Eles
diziam: "Se você chegar a 10
mil seguidores, ela tira a roupa." Com 20 mil, queriam que
a gente transasse. As pessoas
se empolgam na internet."
Na terça, o delegado Emerson Wendt ouviu os jovens e
apreendeu o computador.
Segundo ele, a garota,
"acompanhada dos pais boquiabertos", confirma que
não foi forçada a nada.
Segundo o delegado, os
dois serão encaminhados ao
Departamento Estadual da
Criança e do Adolescente e
podem ter de cumprir medidas socioeducativas.
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