São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2010

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Distribuição de vídeo de sexo é investigada

Polícia gaúcha procura 3.000 usuários que baixaram da internet cena de masturbação entre adolescentes

Imagem pornográfica com garoto de 16 anos e garota de 14 foi exibida na rede na madrugada de segunda-feira

JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO

A Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos de Porto Alegre vai investigar quem são os mais de 3.000 usuários que baixaram o vídeo em que dois adolescentes se masturbam.
A investigação teve início na segunda-feira, após um casal de jovens -que afirmam ter 16 (ele) e 14 anos (ela)- aparecer no site Twitcam (um serviço que permite a usuários do microblog Twitter mostrar ao vivo o que quer que estejam fazendo) para um público de mais de 26 mil pessoas.
Hoje, segundo o delegado Emerson Wendt, serão pedidos ao site de hospedagem de arquivos 4shared.com os dados do usuário que disponibilizou o vídeo na página.
Ele e quem mais baixou ou distribuiu o vídeo pode ser indiciado com base no artigo 241-A do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que prevê pena de três a seis anos de reclusão e multa por divulgar imagens de sexo com adolescentes.
A cena foi ao ar na madrugada de segunda-feira e causou furor entre internautas, que acusaram o rapaz de pedofilia e de drogar a garota.
Pela internet, o jovem conversou com a Folha e se disse arrependido. Na tarde de segunda, ele e a menina entraram novamente na Twitcam para se explicar.
O jovem também gravou um vídeo dizendo que ele e a garota são menores de idade e que, portanto, não houve pedofilia.

LEILÃO
O jovem contou que a aposta inicial era de ficarem nus na Twitcam, mas que os internautas os instigaram a fazer sexo o tempo todo.
"Era como um leilão. Eles diziam: "Se você chegar a 10 mil seguidores, ela tira a roupa." Com 20 mil, queriam que a gente transasse. As pessoas se empolgam na internet."
Na terça, o delegado Emerson Wendt ouviu os jovens e apreendeu o computador. Segundo ele, a garota, "acompanhada dos pais boquiabertos", confirma que não foi forçada a nada.
Segundo o delegado, os dois serão encaminhados ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente e podem ter de cumprir medidas socioeducativas.


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