ANDRÉA DE LIMA
da Agência Folha

A Delegacia da Mulher de São José do Rio Preto ( a 451 km de São Paulo) registrou há três anos a primeira ocorrência contra o motoboy Francisco de Assis Pereira, 30, principal suspeito dos oito assassinatos no parque do Estado (zona sul da capital).
Ele foi acusado de constrangimento ilegal, crime previsto no Código Penal. Preso em flagrante e julgado, Pereira foi condenado pela 5ª Vara Criminal de Rio Preto a pagar uma multa de R$ 80.
Pereira foi liberado porque, segundo a Delegacia da Mulher, ele não tinha antecedentes criminais.
O boletim de ocorrência nº 1.548/95, registrado no dia 8 de outubro de 95 por Sandra Esmeria de Oliveira, então com 19 anos e balconista do McDonald's em Rio Preto, acusava Francisco de tentar agarrá-la.
Sandra relatou à polícia que Francisco abordou-a às 7h30, a caminho do trabalho, na esquina da avenida Francisco das Chagas Oliveira com a rua José Munia, no centro da cidade.

Testemunha
De acordo com as declarações de Sandra, ele perguntou as horas. "Eu disse que não sabia. Percebi que havia algo estranho. Ele começou a correr atrás de mim, me pegou por trás e me arrastou até uma construção, próxima ao Sesc, na avenida Francisco das Chagas Oliveira. Me mandou calar a boca, senão me matava. Uma testemunha viu o fato e chamou a polícia", contou ela. Ele foi preso em flagrante.
Identificado como operador de máquinas desempregado, Pereira informou à polícia que morava na rua Rita de Cássia Rossafa, 262, em Rio Preto.

Julgamento
Depois de preso em flagrante por policiais militares, Pereira foi encaminhado ao plantão policial, onde foi registrado o BO. Em seguida, a Delegacia da Mulher abriu inquérito. Após o julgamento e o pagamento da multa, ele foi solto por ordem do juiz.
A Agência Folha tentou ontem, por duas vezes, entrar em contato pelo telefone com Sandra, em São José do Rio Preto. Em sua casa, no entanto, informaram que ela estava viajando.



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