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DENÚNCIA
Aposentado tomou lote 351
Androcur falso pode
ter matado mais um
em Belo Horizonte
Mais uma morte em decorrência
de câncer na próstata está sendo
atribuída ao tratamento com o anticancerígeno Androcur falso (lote
351) em Minas Gerais.
Felina Alves Martins, nora do
aposentado Otávio Alves Martins
-morto em maio em decorrência
de câncer na próstata- afirma
que o sogro se tratou por sete meses com o remédio inócuo.
Ela possui ainda uma embalagem do lote 351 e registrou ontem
reclamação no Procon-BH (Procuradoria de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte). Com isso
já são seis, no Estado, as suspeitas
de mortes por câncer na próstata
aceleradas pelo tratamento com o
Androcur falso.
A Agência Folha não conseguiu
localizar Felina Martins ontem,
mas em seu depoimento ao Procon, ela afirma que Otávio conseguiu os medicamentos falsos na
farmácia do hospital público Felício Rocho. O hospital comprou o
remédio falso da Ação Distribuidora de Medicamentos.
A Ação foi fechada no último dia
13 -por vender psicotrópicos
(tranquilizantes) e entorpecentes
sem autorização do Ministério da
Saúde- e é acusada de ser a responsável pela venda do Androcur
falso a diversos hospitais.
A distribuidora alega ter comprado os remédios falsos de duas
outras distribuidoras paulistas.
Uma delas, a Minister, faliu cerca
de um ano antes da data da nota
fiscal de compra apresentada pela
Ação. Além do processo administrativo da Vigilância Sanitária do
Estado, a Ação está sendo investigada pelas polícias Civil e Federal
de Minas Gerais.
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