da Reportagem Local

Os funcionários municipais de Guarulhos (Grande São Paulo) decidiram ontem em assembléia acabar com a greve de 14 dias que fizeram em protesto contra o atraso de dois meses no pagamento de seus salários.
Segundo o cálculo do Sindicato dos Funcionários na Administração Pública de Guarulhos, a greve obteve a adesão de 80% a 95% dos serviços da prefeitura na cidade, a segunda maior do Estado.
O prefeito Néfi Tales (PDT) disse que a greve não deve ter atingido mais que 20% do funcionalismo público municipal. Mas, para Tales, os servidores tinham razão ao deflagrar o movimento.
Os funcionários decidiram aceitar a proposta do prefeito, que prevê o pagamento dos salários atrasados em três parcelas. Segundo a proposta, a dívida da prefeitura com os funcionários estaria quitada em outubro. Os atrasados somam cerca de R$ 30 milhões.
Anteontem, depois de reunião com o prefeito, os sindicalistas assinaram um documento em que manifestavam concordância com a proposta e se comprometiam à submetê-la à assembléia.
Devido à greve, pararam boa parte das escolas municipais, os serviços de obras e setores da administração. Os dois principais hospitais municipais atendiam apenas emergências.
O atraso no pagamento dos funcionários teve também repercussão no comércio da cidade.
Dados fornecidos pela associação comercial do município mostram que o número de consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) caiu 19,6% de maio para junho deste ano.



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