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TRANSPORTE
Governo vai gastar R$ 263 milhões menos que o previsto na construção do trecho oeste, que deve estar concluído em julho de 2000
Obras do rodoanel vão começar em 30 dias
FABIO SCHIVARTCHE
da Reportagem Local
As obras do primeiro trecho do
rodoanel começam em, no máximo, 30 dias. A malha viária terá
161 km de extensão e vai interligar
as principais estradas que cortam
a cidade de São Paulo.
Ontem, quando foram abertos
os envelopes da licitação da primeira parte da obra -o trecho
oeste-, já estavam até definidas
as primeiras frentes de trabalho.
Haverá obras no km 278 da rodovia Régis Bittencourt (para a
construção de um viaduto), nas
intersecções do km 21 da Raposo
Tavares e do km 21 da Castelo
Branco e na marginal Tietê (onde
serão feitas quatro pontes).
Segundo Ulisses Carraro, coordenador do rodoanel, a partir da
homologação dos três consórcios
vencedores da licitação (que deve
ser feita em 15 dias), as empresas
terão um prazo de, no máximo,
dez dias para começar as obras.
O primeiro trecho foi dividido
em seis lotes. O consórcio Queiroz
Galvão/Constran ganhou a concorrência para os lotes 1, 2, 5 e 6. O
lote 3 ficou com o consórcio
MBJ/Radial, e o 4, com a empresa
Ivai (veja a localização do trecho
oeste em quadro nesta página).
O Ministério dos Transportes, o
Estado de São Paulo e a prefeitura
paulistana, que vão dividir a conta
do rodoanel, economizarão cerca
de R$ 263 milhões na construção
desse primeiro trecho, calcula
Carraro.
"Nossa estimativa inicial era
gastar cerca de R$ 600 milhões
nesse primeiro trecho. Como as
propostas vencedoras foram baixas e só vamos gastar R$ 337 milhões (57% do previsto), poderemos acelerar os outros segmentos
da obra", diz.
Para os próximos trechos do Rodoanel, o governo espera contar
com a ajuda dos financiamentos
internacionais. O Eximbank, do
Japão, e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) já sinalizaram com empréstimos de até
R$ 1,4 bilhão.
O custo total da obra, com conclusão prevista para 2004, é de R$
3,2 bilhões, sem contabilizar as
desapropriações.
O primeiro trecho deve gerar
3.000 empregos diretos e outros 10
mil indiretos, segundo estimativa
do governo estadual.
O rodoanel é um projeto elaborado na década de 70, quando o
processo de urbanização da Grande São Paulo se cristalizou e a capital passou a se "agregar" aos
municípios vizinhos -processo
conhecido como conurbação.
Mas o crescimento dessa região
metropolitana não foi acompanhado de um planejamento prévio, provocando resultados que
hoje afetam a população, como a
poluição do ar e dos rios, a favelização das periferias e o caos no sistema viário da capital.
Com a construção do rodoanel,
Carraro espera que saiam de circulação das marginais Tietê e Pinheiros 160 mil carros por dia. Esses motoristas teriam como opção
as novas vias do rodoanel, cerca
de 20 km distantes das marginais.
Hoje, rodam diariamente por essas vias cerca de 800 mil veículos.
"Queremos reduzir o tráfego de
passagem, isto é, tirar das marginais os veículos que só cruzam a
cidade, mas têm origem e destino
fora da capital", afirma Carraro.
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