São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FOCO

Escritórios paulistanos criam seis arenas para a Copa 2014

FLÁVIA MANTOVANI
OCIMARA BALMANT
DE SÃO PAULO

Se a Copa não vem a São Paulo, São Paulo vai à Copa. Enquanto a cidade vive uma indefinição sobre o evento, um time de arquitetos paulistanos cuida da maioria dos estádios que vão ser construídos no país. Eles assinam projetos em 6 das 11 capitais que já confirmaram sua participação em 2014.

RECIFE
O escritório de Daniel Fernandes, 37, já projetou casas, hospitais, estações de metrô, bares e indústrias. "Eu gosto de variar."
Os projetos esportivos surgiram há três anos, quando seu escritório projetou a arena do Grêmio -que não foi executada- e outra para a Ponte Preta -em análise.
O estádio vai ser construído na Grande Recife.

CUIABÁ
Sérgio Coelho, 48, não tem muita experiência esportiva, mas é fã de esportes: santista, frequenta estádios.
Ele trouxe da Inglaterra a tecnologia que permite "desmontar" parte da arena, uma forma de tentar diminuir a ociosidade após a Copa.
A ideia é que o local abrigue shows, torneios de motocross, um centro de convenções e até faculdade.

MANAUS
Danilo, 38, é coautor dos estádios de Manaus e Cuiabá, executor de projetos complementares da Arena das Dunas, de Natal, e fez consultoria para o Mineirão, em BH, nas questões referentes às recomendações da Fifa. "Copa do Mundo é um sonho", diz.
A arena do Amazonas deve contribuir para a revitalização do centro de Manaus.

FORTALEZA
Os sócios Héctor Vigliecca, 69, Luciene Quel, 41, e Ronald Werner, 31, assinam o projeto do Castelão, o estádio de Fortaleza.
Logo após a Copa de 2006, o trio passou um mês percorrendo os estádios da Europa. No ano passado, foi a vez da África do Sul.
O estádio terá capacidade para 60 mil pessoas.

BRASÍLIA
O pai de Eduardo de Castro Mello, 65, Ícaro, foi precursor da arquitetura esportiva no Brasil. "O escritório dele era meu playground", lembra.
Corintiano, o arquiteto chegou a projetar um novo estádio para o time, em 1980, que não saiu do papel.
Um de seu filhos, Vicente, 34, fez junto com ele o projeto da arena que vai substituir o estádio Mané Garrincha -que é tombado e pode ser apenas modificado-, em Brasília.

SALVADOR
Marc Duwe, 40, é filho do engenheiro Duwe, alemão que chegou ao Brasil na década de 1960 para a construção das primeiras estações de metrô. Marc seguiu os passos do pai: assina quatro estações da linha amarela.
Seu projeto, o estádio da Fonte Nova, pretende preservar as diretrizes arquitetônicas originais da obra.


Texto Anterior: Incentivos para reforma
Próximo Texto: Falta criar cultura da manutenção, diz arquiteta
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.