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FOCO
Escritórios paulistanos criam seis arenas para a Copa 2014
FLÁVIA MANTOVANI
OCIMARA BALMANT
DE SÃO PAULO
Se a Copa não vem a São
Paulo, São Paulo vai à Copa.
Enquanto a cidade vive uma
indefinição sobre o evento,
um time de arquitetos paulistanos cuida da maioria dos
estádios que vão ser construídos no país. Eles assinam
projetos em 6 das 11 capitais
que já confirmaram sua participação em 2014.
RECIFE
O escritório de Daniel Fernandes, 37, já projetou casas,
hospitais, estações de metrô,
bares e indústrias. "Eu gosto
de variar."
Os projetos esportivos surgiram há três anos, quando
seu escritório projetou a arena do Grêmio -que não foi
executada- e outra para a
Ponte Preta -em análise.
O estádio vai ser construído na Grande Recife.
CUIABÁ
Sérgio Coelho, 48, não tem
muita experiência esportiva,
mas é fã de esportes: santista, frequenta estádios.
Ele trouxe da Inglaterra a
tecnologia que permite "desmontar" parte da arena, uma
forma de tentar diminuir a
ociosidade após a Copa.
A ideia é que o local abrigue shows, torneios de motocross, um centro de convenções e até faculdade.
MANAUS
Danilo, 38, é coautor dos
estádios de Manaus e Cuiabá, executor de projetos complementares da Arena das
Dunas, de Natal, e fez consultoria para o Mineirão, em BH,
nas questões referentes às recomendações da Fifa. "Copa
do Mundo é um sonho", diz.
A arena do Amazonas deve contribuir para a revitalização do centro de Manaus.
FORTALEZA
Os sócios Héctor Vigliecca,
69, Luciene Quel, 41, e Ronald Werner, 31, assinam o
projeto do Castelão, o estádio
de Fortaleza.
Logo após a Copa de 2006,
o trio passou um mês percorrendo os estádios da Europa.
No ano passado, foi a vez da
África do Sul.
O estádio terá capacidade
para 60 mil pessoas.
BRASÍLIA
O pai de Eduardo de Castro
Mello, 65, Ícaro, foi precursor
da arquitetura esportiva no
Brasil. "O escritório dele era
meu playground", lembra.
Corintiano, o arquiteto
chegou a projetar um novo
estádio para o time, em 1980,
que não saiu do papel.
Um de seu filhos, Vicente,
34, fez junto com ele o projeto
da arena que vai substituir o
estádio Mané Garrincha
-que é tombado e pode ser
apenas modificado-, em
Brasília.
SALVADOR
Marc Duwe, 40, é filho do
engenheiro Duwe, alemão
que chegou ao Brasil na década de 1960 para a construção das primeiras estações
de metrô. Marc seguiu os passos do pai: assina quatro estações da linha amarela.
Seu projeto, o estádio da
Fonte Nova, pretende preservar as diretrizes arquitetônicas originais da obra.
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