|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Falta criar cultura da manutenção, diz arquiteta
Diretora de ONG cobra mais ações municipais
DE SÃO PAULO
Para Monica Junqueira,
professora da FAU, a faculdade de arquitetura da USP,
a ausência de informação e
conscientização é um dos
motivos da baixa adesão aos
programas de incentivo à restauração de fachadas de prédios históricos em São Paulo.
"As leis que existem são
suficientes. Mas não temos
uma cultura de manutenção
dos prédios. As pessoas têm
dificuldade de perceber que é
um investimento com retorno, pois valoriza o imóvel",
diz ela, que já integrou os
quadros do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico) e do Conpresp (conselho
municipal de patrimônio).
Monica defende ainda
que, além de propor o restauro de fachadas, a prefeitura
deveria investir em um amplo programa de revitalização de toda a região central.
Já para a arquiteta Lucila
Lacreta, diretora do movimento Defenda São Paulo, os
incentivos concedidos pelo
poder público são tímidos.
"Deveria haver investimento público e uma linha
de crédito com juros mais
baixos que os de mercado para quem financiasse a obra.
Como fez a prefeitura de Madri, na década de 90", diz.
Coordenador da área de
direito à cidade do Instituto
Polis e diretor do Instituto
Brasileiro de Direito Urbanístico, o advogado Nelson Saule Júnior avalia que a transferência de potencial construtivo prevista no Plano Diretor é
o dispositivo que melhor
atende a essa questão.
"Cabe ao executivo municipal constituir uma política
contendo ações de sensibilização e mobilização com os
proprietários, empreendedores privados, instituições públicas e organizações da sociedade comprometidos com
a preservação do nosso patrimônio histórico para que utilizem de fato as ferramentas
disponíveis para esta finalidade", afirma Saule Júnior.
(LETICIA DE CASTRO)
Texto Anterior: Foco: Escritórios paulistanos criam seis arenas para a Copa 2014 Próximo Texto: Frases Índice
|