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Comerciante vai pressionar vereador
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar
Burti, disse que, se a prefeitura
não aceitar rever o projeto do IPTU progressivo, os comerciantes
vão pressionar vereadores para
que votem contra a proposta.
Burti sustenta que a medida, se
aprovada, vai levar muitos comerciantes à informalidade.
"Só porque alguém levou dez
anos pagando por um imóvel que
vale R$ 100 mil, não significa que
essa pessoa é milionária. A prefeitura esquece que não é a única coletora de impostos. Temos ainda
o Estado e a União", completou.
Para Burti, a proposta é "uma
forma violenta de contornar a Lei
de Responsabilidade Fiscal". "A
administração não se ajusta e joga
a carga nas costas do cidadão."
Burti diz que tem uma reunião
agendada para segunda-feira com
o secretário das Finanças, João Sayad. "Se a prefeitura se mostrar
disposta a negociar, nos oferecemos para pedir ao presidente Fernando Henrique que renegocie a
dívida da cidade com a União."
Representantes dos setores
imobiliário e de construção civil,
entretanto, se mostram mais cautelosos com relação à proposta.
O Secovi-SP (sindicato das imobiliárias e construtoras) espera
uma cópia do projeto para poder
analisá-lo tecnicamente.
Membros do SindusCon-SP
(sindicato que representa a indústria da construção civil) se reuniram ontem para avaliar a proposta. Por meio da assessoria, a entidade informou que só comentará
o assunto quando souber como
serão os reajustes da Planta Genérica de Valores (PGV).
A falta de uma definição da nova PGV dificulta também um
prognóstico de como o IPTU progressivo afetará o bolso de quem
mora ou tem imóveis em São
Paulo, afirma Paulo de Tarso Soares, professor de Economia Brasileira da USP e coordenador de
pesquisas da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Ele defende, porém, a proposta
da prefeitura, que, em sua avaliação, vai inibir a especulação.
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