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MORTE DE PREFEITO
Ele foi preso em MG acusado de estar no carro que atirou contra Toninho em Campinas
Polícia prende suspeito de crime
CLAUDIO LIZA JUNIOR
MÁRIO TONOCCHI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A Polícia Civil de Campinas
conseguiu chegar ontem ao principal suspeito de ter participado
da morte do prefeito Antonio da
Costa Santos (PT), no dia 10.
Flávio Aparecido Garbim foi
detido pela PM de Minas Gerais
em Uberlândia, na terça-feira. Ele
é o 10º suspeito preso e chegaria
na noite de ontem a Campinas,
onde será interrogado e permanecerá detido por dez dias.
Segundo a polícia, Garbim teria
sido o autor do roubo do Vectra
prata, abandonado na rodovia
SP-340 horas depois do assassinato do prefeito.
A polícia suspeita de que os disparos que atingiram o prefeito foram efetuados por três homens
que estavam nesse Vectra.
Eles teriam realizado um roubo
frustrado minutos antes no bairro
Chácara da Barra e fugiam pela
avenida Mackenzie, local onde o
prefeito foi assassinado, rumo à
rodovia D. Pedro 1º.
Dois indícios levam a essa conclusão -os tiros foram disparados em movimento e uma imagem da câmera do hipermercado
Carrefour mostra o Vectra ultrapassando um Palio igual ao conduzido por Toninho na noite do
assassinato.
De acordo com o delegado-coordenador da 16ª Delegacia Regional de Segurança do Estado de
Minas Gerais, César Augusto
Monteiro Alves Júnior, 38, a Polícia Técnica de Minas Gerais já
comprovou que as digitais encontradas no Vectra prata são as mesmas do suspeito.
O preso negou, em depoimento
informal a uma equipe de policiais de Campinas que foi buscá-lo em Minas, participação na
morte de Toninho. Duas irmãs de
Garbim disseram ter provas de
que ele não deixou Uberlândia.
O delegado-seccional de Campinas, Osmar Porcelli, disse que,
até o final da tarde de ontem, não
tinha recebido os laudos que
mostram que as impressões digitais no Vectra são de Garbim.
"Se for comprovado que a impressão digital dele está no Vectra, o caso fica muito mais encaminhado. Se a prova técnica der
positivo, testemunha a gente consegue", disse o seccional.
A polícia já identificou toda a
quadrilha. "Estamos investigando, em um trabalho conjunto
com a polícia de Campinas, se há
mais pessoas envolvidas com o
preso que podem ter participado
do crime, caso seja comprovado
realmente que ele praticou o assalto que terminou com a morte
do prefeito de Campinas", disse o
delegado de Minas.
A Folha divulgou na edição de
ontem, com exclusividade, que a
polícia já havia identificado os
ocupantes do Vectra.
A Polícia Civil de Campinas foi
informada anteontem da prisão e
da suspeita da participação de
Garbim. Ele foi preso após três assaltos a casas lotéricas em Uberlândia. Houve perseguição e troca
de tiros. Garbim estava com outros cinco homens.
De acordo com a PM de Uberlândia, Daniel Augusto da Silva,
conhecido como Cabecinha, foi
morto pelos policiais. Garbim e
Silva, segundo a polícia, são de
Campinas. Emerson Vilela, Hamilton Cabral e Rodrigo da Silva
são, de Uberlândia.
Com a quadrilha foram apreendidas duas pistolas, uma 7.65 e
uma PT 380. Uma terceira pistola,
sem calibre definido, desapareceu
com um quinto assaltante. A polícia suspeita de que essa arma possa ser a pistola calibre 9 milímetros -a arma utilizada para matar o prefeito de Campinas.
Garbim e Silva já estavam sendo
procurados em Campinas por assassinato. Eles e Paulo Henrique
Rodrigues, que está desaparecido,
e Alex Sandro de Andrade, preso
em junho, têm a prisão preventiva
decretada pelo assassinato do PM
Antônio Alves Pereira, em maio,
morto ao reagir a um assalto.
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