DO "AGORA"

Os bancos lesados -pelo menos 12- devem concluir nesta semana auditorias que indiquem o número de empréstimos que concederam mediante fraude de contracheques -pois as parcelas não deverão ser descontadas na folha de pagamento que fecha amanhã.
O que representantes de alguns bancos já informaram, em depoimento, é que a inadimplência dessa carteira de crédito -consignada em folha de servidores municipais- saltou de 4,09% em maio para 6,45% em agosto. Por enquanto, o único que se posicionou de forma mais clara foi o Banco Alfa, que trabalha há apenas seis meses com débitos consignados na folha de pagamento da prefeitura e encomendou o laudo ao Instituto Del Picchia.
De acordo com o chefe da auditoria da instituição, Valdir Guilherme, 47, após a perícia, a auditoria do Alfa concluiu que os documentos falsos foram impressos no mesmo local de onde saíram os contracheques verdadeiros.A Prodam -que terceirizou o serviço desde o dia 17 de abril- nega que isso seja possível.
Por esse e por outros motivos, porém, alguns bancos já ameaçam fechar a carteira. O BIC, por exemplo, já o fez em julho "sem motivo especial". Antes de buscar a ajuda da prefeitura, um dos bancos teria chamado alguns dos servidores para tentar um caminho alternativo à denúncia da fraude. Na ocasião, os funcionários teriam sugerido que a instituição fosse à Justiça. (SC)

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