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outro lado
Desinternação progressiva dependia de outra avaliação técnica, diz psiquiatra
DA REPORTAGEM LOCAL
O psiquiatra Charles Louis
Kiraly afirmou à Folha que o
laudo do detento Ademir Oliveira do Rosário apenas sugere
a possibilidade de desinternação progressiva, mas com a
condição de ele ser submetido
a outra avaliação técnica antes
de sair da cadeia.
"Quem encaminha para lá
[para a unidade com desinternação progressiva] não é a gente, é o juiz", afirmou Kiraly, que
assina o laudo com o psiquiatra
Ricardo Bittencourt Nepomuceno, que não foi localizado.
Segundo Kiraly, houve uma
quebra do protocolo adotado
entre os hospitais do Tatuapé e
Franco da Rocha em relação
aos casos graves. Ele disse que
os detentos nessa situação, entre eles os que cometeram crimes sexuais, não costumam ser
transferidos do regime fechado
diretamente para o programa
de desinternação progressiva
adotado em Franco da Rocha.
"O que o laudo diz é o seguinte: pode ir para Franco da Rocha no regime fechado e, quem
sabe, ser encaminhado para a
desinternação progressiva",
afirmou. Segundo ele, o detento teria de passar por uma nova
avaliação, desta vez feita pela
equipe técnica do hospital de
Franco da Rocha. "Ninguém
entra direto de Taubaté [que
tem regime fechado] para a desinternação progressiva em
Franco da Rocha. Tem de passar primeiro pelo fechado. É o
trâmite", disse.
O psiquiatra não quis avaliar
se houve erro da Justiça em autorizar a desinternação progressiva de Rosário.
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