São Paulo, sábado, 29 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

outro lado

Desinternação progressiva dependia de outra avaliação técnica, diz psiquiatra

DA REPORTAGEM LOCAL

O psiquiatra Charles Louis Kiraly afirmou à Folha que o laudo do detento Ademir Oliveira do Rosário apenas sugere a possibilidade de desinternação progressiva, mas com a condição de ele ser submetido a outra avaliação técnica antes de sair da cadeia.
"Quem encaminha para lá [para a unidade com desinternação progressiva] não é a gente, é o juiz", afirmou Kiraly, que assina o laudo com o psiquiatra Ricardo Bittencourt Nepomuceno, que não foi localizado.
Segundo Kiraly, houve uma quebra do protocolo adotado entre os hospitais do Tatuapé e Franco da Rocha em relação aos casos graves. Ele disse que os detentos nessa situação, entre eles os que cometeram crimes sexuais, não costumam ser transferidos do regime fechado diretamente para o programa de desinternação progressiva adotado em Franco da Rocha.
"O que o laudo diz é o seguinte: pode ir para Franco da Rocha no regime fechado e, quem sabe, ser encaminhado para a desinternação progressiva", afirmou. Segundo ele, o detento teria de passar por uma nova avaliação, desta vez feita pela equipe técnica do hospital de Franco da Rocha. "Ninguém entra direto de Taubaté [que tem regime fechado] para a desinternação progressiva em Franco da Rocha. Tem de passar primeiro pelo fechado. É o trâmite", disse.
O psiquiatra não quis avaliar se houve erro da Justiça em autorizar a desinternação progressiva de Rosário.


Texto Anterior: Autores de laudo de preso serão investigados
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.