COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em entrevista exclusiva à Folha, o secretário de Transportes, Alexandre de Moraes, disse que não há como garantir que não ocorra outro acidente e que a fiscalização da Cooperauhton está sendo feita junto com a remodelação das linhas.

 

FOLHA - Por que não foi feito 100% da fiscalização nos ônibus da Cooperauhton?
ALEXANDRE DE MORAES - É mais inteligente fazer, ao mesmo tempo, a vistoria dos ônibus e a remodelação das linhas.

FOLHA - Mas a inspeção não é mais importante do que a remodelação das linhas?
MORAES - Não, são duas coisas interligadas, não adianta fazer inspeção e ir tirando veículos da rua e não ter veículo na rua.

FOLHA - A situação da Cooperauhton colocava gente em risco?
MORAES - Não posso afirmar que estava colocando em risco, mas posso afirmar é que hoje não está nas condições de segurança.

FOLHA - E qual é o prazo para solucionar a questão?
MORAES - Não adianta ficar tirando ônibus e prejudicar a população, da mesma forma que não adianta deixar ônibus ruim para a população.

FOLHA - Como que a prefeitura deixou um terceiro acidente do mesmo tipo acontecer com a mesma empresa? Tem como garantir que não vai haver outro?
MORAES - Tem como garantir que amanhã não vai ter um terremoto? Claro que não. Da mesma forma que aconteceu com a Cooperauhton pode acontecer com outras. Nos últimos seis meses, seis rodas da Cooperauhton caíram. Nunca foi retirado esse total de 279 ônibus. Mas isso tem de ser feito com bom senso, com seriedade.

FOLHA - Como a situação chegou a esse nível de problemas?
MORAES - O problema é a manutenção. Todos [empresas] já foram chamados porque vão ter de apresentar novos planos de manutenção.


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