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PETRONIO NASCIMENTO DE OLIVEIRA (1952-2010)
Ator e cenógrafo da Cia. do Feijão
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
O nascimento ocorreu em
Uberaba, Minas Gerais. O
crescimento foi no Rio, onde
fez dois anos de ciências biológicas, sem concluir. Mas
apenas em São Paulo ele, Petronio Nascimento, descobriu sua vocação.
Na capital paulista, o rapaz cursou artes cênicas e
educação artística. Tornou-se ator, diretor e cenógrafo.
A primeira peça em que
atuou, como lembra o amigo
e diretor Ednaldo Freire, da
Fraternal Companhia de Artes e Malas-Artes, foi "O Pagador de Promessas".
Seu negócio era o teatro de
grupo. Em 1981, começou como cenógrafo no grupo teatral Mambembe. Trabalhou
ainda com a Fraternal e, nos
últimos tempos, integrava a
Cia. do Feijão, com a qual ganhou um prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos
de Arte) de melhor espetáculo ("Mire Veja"), em 2003.
Também foi professor do
teatro-escola Célia Helena e
do Macunaíma.
Segundo os amigos, Petronio tinha como sonho viver
do teatro que fazia -não comercial e de cunho popular.
Apesar das dificuldades da
profissão, nunca desanimou,
conta o ator Zernesto Pessoa.
Lúcia, sua ex-mulher, lembra que ele não era de fazer
concessões e não abria mão
de seus princípios. Com ela,
Petronio teve o filho Francisco, que faz música na Unicamp -tinha orgulho ao ver
o filho seguir a área artística.
Engraçado, era o rei das
piadas infames entre os amigos. "Ele contagiava as pessoas com qualquer besteira
que falasse", diz Zernesto.
Há cerca de seis anos, o
ator descobriu um câncer de
intestino. Morreu anteontem, aos 58, devido à doença.
coluna.obituario@uol.com.br
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