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São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2003

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VITRINE VIRTUAL

Centro de estudos da USP e laboratório lançam Museu do Sexo pela internet
Com tanta euforia sobre as drogas para disfunção erétil, falar na criação de um museu do sexo parece um despropósito. Mas foi exatamente esse o artifício usado por um laboratório e um centro de estudos universitário para manter o assunto em alta.
Ontem, em Foz do Iguaçu (PR), onde acontece o 29º Congresso Brasileiro de Urologia, o Projeto Sexualidade da Universidade de São Paulo (Prosex), com o patrocínio do laboratório Pfizer, lançou o Museu do Sexo.
Na primeira fase, o museu será apenas virtual. Centenas de ilustrações e informações que podem ser acessadas pelo site www.museudosexo.com.br. Numa fase seguinte, o museu deve ganhar um espaço físico próprio.
"O museu reúne arte, literatura, história e sexualidade em um só instrumento, que poderá ser usado para informar todos os brasileiros", explica a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Prosex e do Museu do Sexo.
Como em encontros anteriores, os estandes mais luxuosos e visitados nesse congresso eram os dos três laboratórios que hoje disputam o mercado de drogas orais para disfunção erétil: Pfizer (Viagra), Elli Lilly (Cialis) e Bayer-GSK (Levitra).
Para o presidente eleito da Sociedade Brasileira de Urologia, Sidney Glina, diretor do Instituto H.Ellis, o mercado da disfunção erétil tende a se estabilizar.
"As maiores novidades para o próximo ano devem ser as drogas e novos procedimentos para os problemas urinários", ele diz, aqui incluídos o câncer de próstata, o crescimento benigno da próstata, bexiga irritável e incontinência urinária feminina.
Glina assume a presidência da sociedade em 2005. A presidência da SBU agora fica nas mãos do médico Walter Koff, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Rio Grande do Sul).
(DA REPORTAGEM LOCAL)


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