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Não há contato com detentos, afirma governo
DA SUCURSAL DO RIO
O porta-voz da Polícia Militar fluminense, tenente-coronel Aristeu Leonardo Tavares, afirmou que o antigo
presídio de Benfica foi transformado em unidade militar
e, portanto, está apto a receber os PMs presos. "Não há
contato nenhum entre policiais e presos comuns."
Ele afirmou que a transferência foi decidida pelo próprio comandante-geral da
corporação, coronel Hudson de Aguiar Miranda.
Segundo Tavares, o objetivo é reforçar o policiamento
nas ruas. Com policiais presos nos quartéis, PMs que
poderiam estar nas vias ficam nas unidades para fazer
custódia. Ele disse não ver
problemas no fato de PMs e
presos comuns ficarem na
mesma unidade e citou o
ano de 2002, quando os traficantes Luiz Fernando da
Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Elias Pereira da Silva,
o Elias Maluco, ficaram encarcerados com policiais.
Segundo a Secretaria de
Segurança Pública, com a
desativação das carceragens,
91 policiais detidos iriam para Benfica e para o presídio
Ary Franco, em Água Santa
(zona norte). Outros 204 serão removidos depois.
O inspetor-geral das polícias, coronel João Carlos
Ferreira, que investiga crimes cometidos por policiais,
contestou o argumento dos
policiais presos de que o estatuto da corporação não
permite que PMs ainda não
condenados fiquem em presídios. "O estatuto é anterior
à Constituição de 1988 e já
sofreu várias modificações."
Ferreira criticou o protesto
ocorrido em Benfica. "Se esses policiais tivessem pautado suas condutas, com certeza não estariam presos."
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