São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ENGENHARIA DO CRIME

Alvo são conhecidos de dois presos

Ligação de policiais da zona sul com morte de ladrão do BC é investigada

ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL

Policiais que trabalham ou trabalharam em delegacias da periferia da zona sul de São Paulo serão investigados por envolvimento no seqüestro e assassinato de Luiz Fernando Ribeiro, conhecido como Fernandinho ou Fê, acusado de participar do furto de R$ 164,8 milhões do Banco Central de Fortaleza, ocorrido em agosto.
Anteontem, foram presos o agente policial Sérgio Antonio dos Santos e o ex-escrivão Renato Cristovão, suspeitos de participação no seqüestro do rapaz. Eles seriam, segundo a polícia, integrantes de uma quadrilha de traficantes rivais de Ribeiro. Os dois negaram as acusações.
Segundo a polícia, serão investigadas pessoas do "convívio profissional e particular" do agente. Ele foi reconhecido por fotografias e por testemunhas que presenciaram o seqüestro.
Santos trabalha há cerca de dez anos na corporação e sempre atuou na periferia da zona sul de São Paulo, segundo a polícia. Antes de ser preso, ele estava lotado no 43º DP (Cidade Ademar).
O ex-escrivão era procurado pela Justiça Federal desde 2001, por roubo de carga e contrabando, e foi reconhecido por fotos.
A investigação é feita em conjunto pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Deic (Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado) porque há suspeita de envolvimento de policiais desde o início do caso.
Ribeiro foi seqüestrado no dia 7, em Pinheiros (zona oeste). A família pagou o resgate de R$ 2 milhões. A polícia localizou o corpo no dia 20, em Minas Gerias. O dinheiro ainda não apareceu.


Texto Anterior: Memória: Há casos em mais dois municípios da região de Ribeirão
Próximo Texto: Abandono: Mãe deixa filha de 5 meses trancada em carro para ir a danceteria em SC
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.