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ENGENHARIA DO CRIME
Alvo são conhecidos de dois presos
Ligação de policiais da zona sul com morte de ladrão do BC é investigada
ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL
Policiais que trabalham ou trabalharam em delegacias da periferia da zona sul de São Paulo serão
investigados por envolvimento
no seqüestro e assassinato de Luiz
Fernando Ribeiro, conhecido como Fernandinho ou Fê, acusado
de participar do furto de R$ 164,8
milhões do Banco Central de Fortaleza, ocorrido em agosto.
Anteontem, foram presos o
agente policial Sérgio Antonio
dos Santos e o ex-escrivão Renato
Cristovão, suspeitos de participação no seqüestro do rapaz. Eles
seriam, segundo a polícia, integrantes de uma quadrilha de traficantes rivais de Ribeiro. Os dois
negaram as acusações.
Segundo a polícia, serão investigadas pessoas do "convívio profissional e particular" do agente.
Ele foi reconhecido por fotografias e por testemunhas que presenciaram o seqüestro.
Santos trabalha há cerca de dez
anos na corporação e sempre
atuou na periferia da zona sul de
São Paulo, segundo a polícia. Antes de ser preso, ele estava lotado
no 43º DP (Cidade Ademar).
O ex-escrivão era procurado pela Justiça Federal desde 2001, por
roubo de carga e contrabando, e
foi reconhecido por fotos.
A investigação é feita em conjunto pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Deic (Departamento de Investigação sobre o
Crime Organizado) porque há
suspeita de envolvimento de policiais desde o início do caso.
Ribeiro foi seqüestrado no dia 7,
em Pinheiros (zona oeste). A família pagou o resgate de R$ 2 milhões. A polícia localizou o corpo
no dia 20, em Minas Gerias. O dinheiro ainda não apareceu.
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