São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2005

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VIOLÊNCIA

Policial aposentado ficou ferido na ação dos ladrões; um deles foi preso

Roubo fecha o Conjunto Nacional

DO "AGORA"

Uma tentativa de assalto deixou uma pessoa ferida e fechou por cerca de uma hora o Conjunto Nacional, na avenida Paulista (região central de São Paulo), ontem à tarde. O policial civil aposentado José Moacyr Rodrigues, 66, foi atingido por um tiro quando tentava render um dos ladrões.
Segundo a delegada Ana Guimarães, do 78º DP (Jardins), quatro assaltantes seguiram um empresário, que carregava R$ 20 mil em uma sacola. Em um dos elevadores do Conjunto Nacional, um dos ladrões tentou arrancar o dinheiro, mas o empresário reagiu.
Nesse momento, o carcereiro aposentado da Polícia Civil, que estava no elevador, tentou sacar sua arma, mas um dos assaltantes conseguiu atirar antes por duas vezes. Um dos tiros atingiu o abdome de Rodrigues.
Ele foi levado ao Hospital das Clínicas, onde foi operado. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, Rodrigues saiu da sala de cirurgia às 20h15, e seu estado era grave. A arma do ex-policial foi levada pelos ladrões.
Um dos assaltantes foi preso. Segundo a polícia, Guilherme Augusto de Souza, 22, era o homem que tentou arrancar a sacola de dinheiro do empresário.
Souza acabou rendido pelo empresário e por outra testemunha, que também estava no elevador. Os R$ 20 mil não foram levados pelos ladrões.
Os outros três assaltantes -entre eles, o autor do disparo que feriu o policial aposentado- conseguiram fugir pela saída da alameda Santos.
Uma câmera de segurança instalada dentro do elevador flagrou toda a ação dos bandidos. Até o início da noite de ontem, a polícia ainda não havia avaliado as imagens. Segundo a delegada, elas estão "muito nítidas".
Cerca de 20 mil pessoas passam pelo Conjunto Nacional diariamente. Com a exibição de filmes na 29ª Mostra Internacional de Cinema, a freqüência aumenta 25%. Ontem, ninguém pôde entrar no prédio das 14h às 15h.
Os advogados de Souza disseram que não se pronunciariam antes de se informarem do conteúdo do inquérito policial.
O cliente deles deixou, no ano passado, o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos, na Grande São Paulo, depois de cumprir pena pelo crime de roubo.


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