São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2010

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Autoridades não falam sobre as lotações

DE SÃO PAULO

Apesar de 8.500 presos permanecerem em celas de delegacias e cadeias públicas de São Paulo, segundo dados de junho do Departamento Penitenciário Nacional, ao ser questionada ontem, a Secretaria da Segurança Pública não se manifestou.
Dentre outras perguntas e um pedido de entrevista com algum representante da pasta, a secretaria não respondeu, por exemplo, quantas unidades da Polícia Civil abrigam presos no Estado, quantos são homens e quantas são mulheres.
O delegado-geral da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto, também foi procurado para falar sobre como a lotação de DPs e cadeias afeta as investigações, já que os policiais acabam se dedicando a cuidar de presos. Ele, no entanto, não se pronunciou.
A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que o órgão não tinha nada a esclarecer sobre a reedição da resolução que causou a superlotação nas carceragens de dez das 93 delegacias da capital.
O presidente da Associação dos Investigadores de Polícia de São Paulo, Vanderlei Bailoni, criticou a política do Estado de deixar os presos em delegacias.
"Já passamos por esse problema em 2001. A situação tinha melhorado, mas voltamos a ser babá de presos."
A presidente da Associação dos Delegados de Polícia de SP, Marilda Pansonato, foi procurada e não foi encontrada. Segundo sua assessoria, ela estava reunida com o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto.


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