São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011

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Novo problema revela escassez de questões disponíveis para exame

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

A antecipação de questões do Enem pelo colégio Christus (CE) pode ter trazido a público um problema até então desconhecido do exame: a escassez de questões aptas a compor a prova nacional.
Antes de ser usadas, as questões são analisadas pelo Inep e pré-testadas em colégios sorteados. O Ministério da Educação diz que o banco do instituto tem 20 mil questões, considerando todas as suas avaliações -6.000 do Enem.
Reservadamente, integrantes do MEC e do Inep afirmam ser improvável que o banco do Enem tenha tantos itens.
Para eles, isso ficou claro pelo fato de o colégio ter antecipado num simulado 14 das 180 questões do Enem.
No pré-teste em 2010, o colégio conseguiu, diz o MEC, copiar dois cadernos com 24 questões cada. Assim, seria estatisticamente improvável que, com só 48 questões à disposição, a escola conseguisse acertar 14 entre 6.000.
Na avaliação de um professor que já prestou consultoria ao Inep, provavelmente o banco do Enem está com o mínimo necessário, o que obriga o exame a usar perguntas pré-testadas apenas um ano antes do exame.
Oficialmente, o MEC diz que os cadernos do Christus, coincidentemente, continham perguntas-chave do exame. A versão, porém, causa dúvidas dentro do próprio ministério.


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