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São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

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Inspetor chora em entrevista a TV

DA SUCURSAL DO RIO

Há poucos dias no cargo de inspetor-geral da polícia, o coronel reformado da PM João Carlos Ferreira chorou ontem, numa entrevista à TV Globo, ao comentar o caso de Parada de Lucas. Ele se declarou indignado com a morte do guardador e com o comportamento de integrantes da corporação da qual fez parte.
"Sinto-me profundamente indignado. Não admito um comportamento como esse. Isso mancha a dignidade da corporação. São bandidos que usam farda para agredir a sociedade", afirmou.
O cargo de inspetor-geral foi criado em julho pelo secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho, para funcionar como um braço operacional de combate à corrupção policial. Enquanto a Corregedoria tem poder de investigação, a Inspetoria tem a função de tomar providências, como prisões em flagrante.
O coronel Ferreira disse que teve dificuldade em agir assim que recebeu a denúncia, na quarta-feira, por não ter os nomes dos acusados. Segundo ele, a proteção policial para Leandro Silva e as demais vítimas não foi providenciada imediatamente porque eles queriam primeiro consultar as suas famílias.
O coronel disse que ofereceu ontem proteção às testemunhas do caso, mas todos abriram mão por escrito dessa providência. A líder comunitária da favela Parada de Lucas confirmou a informação. Segundo ele, as testemunhas têm medo dos policiais.


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