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Inspetor chora em entrevista a TV
DA SUCURSAL DO RIO
Há poucos dias no cargo de inspetor-geral da polícia, o coronel
reformado da PM João Carlos
Ferreira chorou ontem, numa entrevista à TV Globo, ao comentar
o caso de Parada de Lucas. Ele se
declarou indignado com a morte
do guardador e com o comportamento de integrantes da corporação da qual fez parte.
"Sinto-me profundamente indignado. Não admito um comportamento como esse. Isso mancha a dignidade da corporação.
São bandidos que usam farda para agredir a sociedade", afirmou.
O cargo de inspetor-geral foi
criado em julho pelo secretário de
Segurança Pública, Anthony Garotinho, para funcionar como um
braço operacional de combate à
corrupção policial. Enquanto a
Corregedoria tem poder de investigação, a Inspetoria tem a função
de tomar providências, como prisões em flagrante.
O coronel Ferreira disse que teve dificuldade em agir assim que
recebeu a denúncia, na quarta-feira, por não ter os nomes dos
acusados. Segundo ele, a proteção
policial para Leandro Silva e as
demais vítimas não foi providenciada imediatamente porque eles
queriam primeiro consultar as
suas famílias.
O coronel disse que ofereceu
ontem proteção às testemunhas
do caso, mas todos abriram mão
por escrito dessa providência. A
líder comunitária da favela Parada de Lucas confirmou a informação. Segundo ele, as testemunhas
têm medo dos policiais.
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