UOL


São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Caso no Borel segue sem solução

DA SUCURSAL DO RIO

Passados sete meses, a investigação sobre a participação de 16 policiais militares no assassinato de quatro jovens no morro do Borel, na Tijuca, zona norte do Rio, ainda não foi concluída. Todos estão soltos, apesar de cinco deles terem sido indiciados em julho.
A demora na conclusão do inquérito foi causada pelo sumiço de um fuzil que teria sido usado na chacina, o que impediu a conclusão do laudo de balística. O Ministério Público quer a prova para poder oferecer a denúncia.
No dia 16 de abril, o taxista Éverson Gonçalves Silote, 26, o estudante Carlos Magno Nascimento, 18, o mecânico Tiago Correia da Silva, 19, e o artesão Carlos Alberto da Silva Ferreira, 21, foram mortos numa operação do 6º BPM (Batalhão de Polícia Militar) num dos becos da favela.
O caso foi registrado inicialmente como auto de resistência (morte em confronto). Os policiais alegaram que as vítimas eram traficantes que teriam reagido a prisão, mas nenhum deles tinha antecedentes criminais.
Parentes e moradores do Borel pressionaram autoridades e conseguiram o apoio de ONGs para provar a inocência dos quatro mortos. O secretário de Segurança, Anthony Garotinho, ordenou a abertura de inquérito.


Os cinco PMs indiciados sob acusação de homicídio triplamente qualificado são o tenente Rodrigo Lavandeira Pereira, o sargento Washington Luís Avelino, o sargento Sidnei Pereira Barreto, o cabo Marcos Duarte Ramalho e o soldado Paulo Marco Rodrigues Emílio.



Texto Anterior: Policiais são pegos ao negociar com traficante
Próximo Texto: Inspetor chora em entrevista a TV
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.