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TRÂNSITO
Região tem movimento de 200 mil carros por dia; a nova sinalização do asfalto já está sendo demarcada
Prefeitura, agora, espreme as faixas da ligação Leste-Oeste
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
A experiência de espremer a largura das faixas de trânsito existentes para criar uma adicional
-adotada pelo governo José Serra (PSDB) inicialmente na av. 23
de Maio- está sendo estendida a
outras vias da capital paulista.
A ligação Leste-Oeste, por onde
passam 200 mil veículos a cada
dia, será a próxima a ter esse tipo
de mudança no tráfego.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) defende essas
ações sob a alegação de melhorar
a fluidez e a segurança -porque
os motoboys não conseguem passar no espaço entre os autos.
Mas elas enfrentam a resistência
de uma parcela de motoristas e de
motociclistas até porque tende a
elevar a disputa pelo espaço na via
e as batidas nos retrovisores.
A nova sinalização do asfalto já
começou a ser demarcada num
trecho de 400 metros da Radial
Leste-Oeste, da rua da Assembléia
ao acesso da rua major Diogo,
sentido bairro-centro. No local há
um estrangulamento por conta
dos veículos que vêm da av. 23 de
Maio, altura do viaduto Jaceguai.
Nessa via, a quantidade de faixas de rolamento passará de três
para quatro até a semana que vem
(se não chover, é possível que a
nova pintura seja concluída antes), mas elas ficarão ainda mais
estreitas do que a da experiência
inicial da administração tucana.
Outro trecho que terá esse tipo
de mudança nas próximas semanas abrange 600 metros da avenida Alcântara Machado, na continuação da ligação Leste-Oeste, do
viaduto Bresser até a rua Jaibarás,
no sentido centro-bairro.
Máxima utilização
O gerente da CET, Wlamir Lopes da Costa, afirmou à Folha que
as mudanças estão sendo feitas
em meio às obras de repintura ou
recapeamento de algumas vias de
São Paulo, mas não soube dizer se
ainda haverá estreitamento em
outras regiões. Essa alteração é
conhecida como MULV (Máxima
Utilização do Leito Viário).
A idéia de "apertar" as faixas divide os técnicos. Alguns criticam
a possibilidade de aumentar os
conflitos. Outros avaliam que, ao
aumentar a capacidade da via, pode ajudar reduzir os congestionamentos e os acidentes graves -já
que os veículos não conseguem
andar em alta velocidade. O presidente da CET, Roberto Scaringella, divulgou um balanço inicial da
implantação do MULV na av. 23
de Maio, pelo qual a participação
das motos no total de acidentes
teria caído de 33% para 25%. A
lentidão, pelas estatísticas da gestão tucana, teve queda de 80% pela manhã e 50% à tarde.
Mas ele reconhece que esses dados abrangem um período muito
curto para haver uma conclusão.
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