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Com atraso de 9 meses, SP vai inaugurar mais 4 piscinões
Obras do Estado na região da Grande São Paulo estavam previstas para março
Governo atribuiu atraso no início da construção a problemas na licitação; ontem, capital voltou a sofrer com alagamentos
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Com nove meses de atraso,
quatro piscinões serão entregues pelo governo do Estado no
próximo mês na Grande São
Paulo. As quatro obras -duas
em Osasco, uma na divisa de
São Paulo com Santo André e
outra em São Bernardo do
Campo- ajudariam a reduzir
os pontos de alagamento.
A projeção inicial do governo
do Estado, ainda na gestão de
Geraldo Alckmin (PSDB), era
que os piscinões fossem concluídos em março deste ano.
Em dezembro passado, o governo apontou problemas com
atrasos em licitações para justificar o atraso no início das
obras. Os piscinões têm o objetivo de reservar a água das chuvas para evitar o transbordamento dos rios.
Ubirajara Tanuri Felix, diretor de Engenharia e Obras do
Daee (Departamento de Águas
e Energia Elétrica) da gestão
Cláudio Lembo (PFL), diz que
as obras ajudarão a reduzir as
enchentes. "O piscinão é uma
solução de engenharia que tem
dado resultado."
As obras de outros dois piscinões já projetados ainda não
começaram porque a prefeitura não concluiu o processo de
desapropriação das áreas.
Um deles, na antiga fábrica
da Sharp na estrada de Campo
Limpo, na zona sul, terá capacidade para 500 mil metros cúbicos (200 piscinas olímpicas). A
gestão Gilberto Kassab (PFL)
prevê depositar R$ 6,3 milhões
neste ano para a desapropriação. Felix afirmou que, na melhor das hipóteses, o piscinão
estará pronto no final de 2008.
O plano de macrodrenagem
da Grande São Paulo, que está
sendo realizado pelo Daee, prevê a construção de cerca de 40
piscinões, mas só deve ser concluído dentro de aproximadamente dez anos. Com os quatro
piscinões que serão entregues
no mês que vem, cerca de 60%
do projeto estará concluído.
Mesmo depois de concluído
o projeto, o órgão prevê a necessidade de pequenos reservatórios e áreas verdes nos bairros -obras a serem feitas pelas
prefeituras- para que não
ocorram grandes enchentes.
Novos alagamentos
Depois da forte chuva de ontem, a Defesa Civil registrou 13
pontos de alagamento, o desabamento de duas casas no Jardim Iguatemi e uma inundação
no Jardim da Saúde, mas não
houve vítimas. Segundo o CGE
(Centro de Gerenciamento de
Emergências), a previsão é que
a chuva volte com mais intensidade hoje.
O governador Cláudio Lembo (PFL) negou que o governo
do Estado tenha alguma responsabilidade pelas enchentes
que vêm ocorrendo.
""O Estado já fez mais do que
o possível. O governador Geraldo Alckmin [PSDB] fez um
enorme investimento na calha
do Tietê, foram feitos os piscinões. O Estado já esgotou sua
capacidade física, não digo nem
a financeira. Outros que trabalhem agora", afirmou Lembo.
O chefe da Assessoria de
Obras e Serviços da Secretaria
de Coordenação de Subprefeituras, Ronaldo Camargo, disse
que a Prefeitura de São Paulo
fez o que precisava para minimizar os problemas. "Estamos
convictos de que estamos aplicando o maior recurso de todos
os tempos e fazendo o melhor
trabalho de prevenção de enchentes que já foi feito."
Colaborou JOSÉ ERNESTO CREDENDIO , da Reportagem Local
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