São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 2002

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Petista não supera crise nos transportes

DA REPORTAGEM LOCAL

Transportes e saúde são ainda, dois anos depois, as áreas mais problemáticas da prefeitura, avaliam integrantes do governo.
Até a prefeita Marta Suplicy (PT) reconheceu as dificuldades para enfrentar os empresários de ônibus que operam na capital paulista. Em julho de 2001, antes de completar um ano de governo, a prefeita já apontava as dificuldades nesses setores- mas prometia solução, dentro de um ano.
A retomada da obra do Fura-fila, promessa de campanha da prefeita, só ocorreu em junho deste ano. A prefeitura conseguiu aumentar a velocidade dos ônibus nos corredores, mas apenas reformou um dos quatro -a pretensão de Marta nas eleições era ampliar a rede de vias exclusivas para esse transporte.
Um dos projetos em que a administração aposta suas fichas em 2003 é justamente o que remodela o sistema de transporte público. Ele abrirá espaço para empresas de todo o país e participação de perueiros no transporte dos bairros. A prefeitura só conseguiu publicar o novo edital agora. Deve estar disponível na quinta-feira aos interessados.
Os ex-titulares das pastas em dificuldades deixaram o governo depois de sucessivos desgastes. Carlos Zarattini, dos Transportes, pediu exoneração após as suspeitas de ter favorecido indevidamente empresas de ônibus na liberação de verbas. Desagradou o gabinete por não informar a operação. Não volta mais. Depois de sua saída, a prefeitura decidiu aumentar mais uma vez a passagem.
A prefeita já havia condenado o aumento há um ano, quando reajustou a tarifa pela primeira vez, por ser medida impopular.
Eduardo Jorge, da Saúde, pediu para sair para fazer balanço do mandato de deputado federal, depois de rusgas com membros do partido em São Paulo. Foi para Brasília cotado para assumir o ministério, mas não ganhou o cargo. A prefeitura garante que, se ele quiser, retorna à pasta.
A prefeitura conseguiu inserir a cidade novamente no Sistema Único de Saúde, mas ainda não é realidade o projeto de autonomia aos hospitais. O Programa Saúde da Família teve a meta de 800 equipes de 2002 reduzida para 600, em razão da queda na receita.



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