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Alimentação pode acelerar perda auditiva
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem ingere açúcar, sal e
gorduras em excesso e não
mantém uma alimentação
equilibrada pode até escapar
de um problema cardiovascular, mas tem grandes
chances de perder mais cedo
a audição.
A redução gradual da capacidade auditiva após os 60
anos é considerada normal
pelos médicos. Ela ocorre
porque a circulação sanguínea no órgão auditivo diminui com a idade.
A velocidade com que
acontece a perda, no entanto, depende da exposição a
ruídos, mas também está ligada à alimentação. Uma
dieta desequilibrada, rica em
gorduras e carboidratos, por
exemplo, pode levar a problemas circulatórios. Com
isso, mais cedo pode ter início a diminuição da capacidade de ouvir.
Em cidades como São Paulo, onde existe mais contato
com ruídos, a perda tende a
começar mais cedo. "Temos
percebido perdas aos 50, aos
40 e poucos anos", afirma o
otorrinolaringologista Ricardo Ferreira Bento, professor da USP.
"Quando melhora a alimentação, diminui a progressão da perda. O que foi
perdido dificilmente pode
ser recuperado", afirma.
A Organização Mundial da
Saúde tem como meta para
2010 evitar que a perda auditiva ocorra em pelo menos
50% dos casos em que ela
pode ser evitada.
A perda auditiva costuma
afetar primeiro a percepção
dos sons mais agudos. Com
isso, o indivíduo vai perdendo a capacidade de discriminar os sons e fica mais difícil
entender as palavras.
As lesões observadas em
pessoas que possuem longa
história de exposição a ruídos no trabalho são caracterizadas pela perda de audição temporária no fim do
período de trabalho. A exposição contínua ao ruído implica perda permanente.
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