São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 2002

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Alimentação pode acelerar perda auditiva

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem ingere açúcar, sal e gorduras em excesso e não mantém uma alimentação equilibrada pode até escapar de um problema cardiovascular, mas tem grandes chances de perder mais cedo a audição.
A redução gradual da capacidade auditiva após os 60 anos é considerada normal pelos médicos. Ela ocorre porque a circulação sanguínea no órgão auditivo diminui com a idade.
A velocidade com que acontece a perda, no entanto, depende da exposição a ruídos, mas também está ligada à alimentação. Uma dieta desequilibrada, rica em gorduras e carboidratos, por exemplo, pode levar a problemas circulatórios. Com isso, mais cedo pode ter início a diminuição da capacidade de ouvir.
Em cidades como São Paulo, onde existe mais contato com ruídos, a perda tende a começar mais cedo. "Temos percebido perdas aos 50, aos 40 e poucos anos", afirma o otorrinolaringologista Ricardo Ferreira Bento, professor da USP.
"Quando melhora a alimentação, diminui a progressão da perda. O que foi perdido dificilmente pode ser recuperado", afirma.
A Organização Mundial da Saúde tem como meta para 2010 evitar que a perda auditiva ocorra em pelo menos 50% dos casos em que ela pode ser evitada.
A perda auditiva costuma afetar primeiro a percepção dos sons mais agudos. Com isso, o indivíduo vai perdendo a capacidade de discriminar os sons e fica mais difícil entender as palavras.
As lesões observadas em pessoas que possuem longa história de exposição a ruídos no trabalho são caracterizadas pela perda de audição temporária no fim do período de trabalho. A exposição contínua ao ruído implica perda permanente.



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