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Dívida precisa ser reduzida a partir de maioz
DA REPORTAGEM LOCAL
Até maio do ano que vem, Estados e municípios terão de se enquadrar a um cronograma para
redução de suas dívidas em relação às suas receitas. Quem estiver
fora dos limites, terá transferências federais cortadas.
Esse é o risco que corre São Paulo. Segundo resolução do Senado
de 2001, a relação entre dívida e
receita paulistana terá de ser 1,78
em maio. A partir daí, ela terá de
diminuir gradativamente até chegar a 1,2 em 2016, como estabelece
a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O problema é que São Paulo
tem hoje uma dívida de R$ 27,6
bilhões, que equivale a 2,3 de sua
receita. Para respeitar os limites
da resolução do Senado, teria de
comprometer cerca de 25% de
seu Orçamento do ano que vem
- R$ 15,2 bilhões - com a dívida, o que já está descartado.
Todo mês, a Prefeitura de São
Paulo compromete 13% de sua receita com o pagamento da dívida,
renegociada com a União em
2000. Mas isso não tem sido suficiente para diminuir o devido, já
que o índice de correção é o IGP,
da Fundação Getúlio Vargas, que
sofre forte influência do dólar.
Por conta dessas variações, o Senado chegou a suspender o cronograma de enquadramento aos
limites em janeiro de 2003, numa
espécie de "folga" dada aos Estados e municípios. A "folga", no
entanto, acaba em maio, quando
volta a valer o cronograma de enquadramento à Lei Fiscal.
Nos últimos meses, a administração Marta Suplicy (PT) tem remanejado recursos do Orçamento para dar conta da dívida. Com
fornecedores batendo à porta e
serviços reduzidos para economizar dinheiro, Marta tenta fechar
as contas no final do ano para não
ferir outro item da Lei Fiscal,
aquele que proíbe os governantes
de deixar pendências financeiras
para os seus sucessores.
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