São Paulo, quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

EDUARDO ANDRAUS GASSANI (1948-2010)

Educou gerações em Uberlândia

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Nem em época de férias escolares os alunos davam folga a Eduardo Andraus Gassani. Até o último dia de vida, com complicações de saúde e dificuldades para andar, ele preparou a aula particular de física que daria em casa.
Antes mesmo de fazer faculdade, Eduardo já era professor e acabou ensinando gerações distintas de várias famílias em Uberlândia, cidade mineira onde nasceu, a 556 km de Belo Horizonte.
Seguindo a tradição da família, libanesa, ele se formou em engenharia química na federal da cidade, em 1972.
Seu pai, Rezek Andraus Gassani, fora diretor de uma usina hidrelétrica no Líbano, cursou engenharia na França e acabou em Uberlândia porque um irmão vivia na cidade. Lá, ele foi o primeiro chefe de departamento da Faculdade de Engenharia Elétrica da federal e hoje dá nome a um museu da instituição.
Dois irmãos de Eduardo também fizeram engenharia. Com um deles, Ibrahim, o rapaz fundou o colégio Galileu. Aos 20, já era diretor da escola, que durou até 1982. Ensinava química, matemática e, principalmente, física. Depois, trabalhou no Objetivo.
Foi ainda engenheiro do Departamento de Águas e Esgoto. Ultimamente, trabalhava em casa. Era engraçado e ensinava entre brincadeiras.
Em 1996, poucos anos após ter se casado, ficou viúvo. Teve um infarto aos 31, diabetes e, atualmente, insuficiência renal. Para o irmão, continuar dando aulas prolongou a vida de Eduardo.
Ele morreu no sábado (18), aos 62, de problemas cardíacos. Não deixa filhos. Uma missa do sétimo dia foi realizada ontem, em Uberlândia.
coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Ex-policiais são suspeitos de assassinatos de policiais
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.