São Paulo, quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

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OUTRO LADO

Ex-delegado nega vínculo com o grupo; advogado de suspeito não é localizado

DE SÃO PAULO

O ex-delegado Paulo Sérgio Óppido Fleury negou vínculos com o grupo investigado sob suspeita de matar por encomenda.
Ele se diz "vítima de perseguição" por parte de pessoas que não querem seu retorno à Polícia Civil -foi demitido por irregularidades ano passado e, hoje, tenta na Justiça reaver o cargo.
"Nos próximos dias vou impetrar um habeas corpus para acabar com essa investigação. Não há elementos que me liguem a nenhum crime investigado pelo Ministério Público", disse Fleury.
Sobre as consultas feitas aos dados pessoais do ex-PM Wellington Gonçalves Torquato, Fleury a admite com a justificativa de que tinha informações de que ele tinha roubado as armas do CTT.
Fleury nega que tenha levantado os dados pessoais do policial civil José Carlos dos Santos, morto um dia antes de Torquato. "Essas consultas são feitas em uma sala central do Denarc [departamento de narcóticos], onde todos policiais têm acesso. Eu nem tenho senha para fazer essas consultas", disse.
Sobre a relação com o ex-PM Luiz Roberto Martins Gavião, de quem foi sócio em uma empresa de segurança, disse: "Ele [Gavião] foi meu brother. Hoje não é mais. Falo com ele uma ou duas vezes por ano. Não tenho nada com os problemas dele".
Fleury diz que nenhum dos ex-PMs investigados por integrar o grupo de matadores trabalhou na sua empresa de segurança privada. "Querem me matricular [acusar injustamente] nesses crimes", disse o ex-delegado.
Vahan Kechichian Neto, advogado de Jairo Ramos dos Santos, apontado pelo Gaeco como principal matador do grupo, disse não querer fazer qualquer declaração sobre as acusações da Promotoria contra seu cliente porque o caso está na Justiça e "ele só se manifestará no processo".
O ex-PM Luiz Gavião, acusado pelo Gaeco de chefiar o grupo de matadores de aluguel, é procurado pela Folha desde o fim de outubro, mas nem ele nem seu advogado foram localizados.
A Folha não conseguiu localizar ontem os advogados dos PMs Gilberto Marques Berg, Paulo Cesar Reiche, Gilmar Matias dos Santos e Gilson Terra.
Os cinco também são investigados por ligação com o grupo. (AC)


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