São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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Mortes entre jovens também cai; Foz do Iguaçu lidera ranking

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A exemplo do que aconteceu com os índices de homicídios em todo o país, a taxa de assassinatos entre a população de 15 a 24 anos caiu 3,79% entre 2005 e 2006, segundo dados do "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros".
Essa tendência de queda começou após 2003, quando o número de homicídios entre jovens ficou em 19.731.
Em 2006, esse número caiu para 17.312. De acordo com Julio Jacobo Waiselfisz, autor do estudo divulgado ontem, a campanha do desarmamento (2004-2005) explica a maior parte da queda entre 2003 e 2005 e políticas regionais e estaduais a continuidade nos anos seguintes.
O estudo mostra que o Rio de Janeiro é a cidade onde mais morreram jovens em 2006 -879, de um total de 17.312 no país todo.
A liderança, até 2005, ficava com a cidade de São Paulo. Em 2006, 797 jovens foram assassinados na capital paulista.

Foz do Iguaçu
Por outro lado, se considerados os números de habitantes de cada município (taxa de homicídio), a liderança passa para o município de Foz do Iguaçu, seguida de Maceió e Recife, que também estão na lista das dez mais violentas na população em geral.
Em Foz do Iguaçu, cidade com mais de 311 mil habitantes, a explicação dada pelo conselho tutelar da cidade é a falta de fiscalização na fronteira -o que facilita o acesso de crianças e jovens às drogas.
O trabalho divulgado ontem traz também uma lista com as cidades com maiores índices de "vitimização juvenil".
O conceito se refere à proporção de homicídios juvenis em relação ao total de homicídios. De acordo com o estudo, os jovens representam, em média, 20% do total da população de uma cidade.
Ou seja, quanto mais o índice de vitimização se afasta desse percentual, mais forte é o indício de que, no local, há um problema específico nessa faixa etária.
De acordo com o mapa divulgado ontem, estão na pior situação os jovens de Breves, no Pará (62,5%), Cambé, no Paraná (57%) e a paulista Sertãozinho (56,3%).
Em Sertãozinho, o conselho tutelar e a Guarda Civil Municipal também atribuíram às drogas o principal motivo para o assassinato de jovens-foram 18 mortes de 2004 a 2006.


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