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Falta de fiscalização facilita acesso às drogas em Foz, diz conselho tutelar
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Em Foz do Iguaçu (PR), há
uma rigorosa fiscalização de
mercadorias, mas não de seres
humanos. Para o Conselho Tutelar do município, essa é uma
das razões para o maior índice
de jovens de 15 a 24 anos assassinados no país. "Tudo tem a
ver com a fronteira", diz o presidente do conselho, José Wilson Teodoro de Souza.
Para ele, o sistema de fiscalização na fronteira com o Paraguai é enviesado. "Existe uma
rigorosa fiscalização de mercadorias, mas não se preocupam
com o ser humano. É muito fácil o trânsito de crianças e adolescentes [entre um país e outro] que têm acesso ao tráfico e
uso de drogas."
Já o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi (PDT) aponta razões
da história contemporânea do
município para a violência juvenil na fronteira.
"Houve uma grande demanda de pessoas para Foz na época da construção de Itaipu (nos
anos 70 e 80). Depois da usina
pronta, essas pessoas ficaram
na periferia, sem trabalho."
Ghisi cita como exemplo das
dificuldades da região a não-inclusão de Foz do Iguaçu no Pronasci (Programa Nacional de
Segurança Pública e Cidadania). "Vivemos uma situação
excepcional, em um quadro de
crise social provocada pela situação na fronteira. É necessário sensibilidade", afirma.
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