São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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Falta de fiscalização facilita acesso às drogas em Foz, diz conselho tutelar

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Em Foz do Iguaçu (PR), há uma rigorosa fiscalização de mercadorias, mas não de seres humanos. Para o Conselho Tutelar do município, essa é uma das razões para o maior índice de jovens de 15 a 24 anos assassinados no país. "Tudo tem a ver com a fronteira", diz o presidente do conselho, José Wilson Teodoro de Souza.
Para ele, o sistema de fiscalização na fronteira com o Paraguai é enviesado. "Existe uma rigorosa fiscalização de mercadorias, mas não se preocupam com o ser humano. É muito fácil o trânsito de crianças e adolescentes [entre um país e outro] que têm acesso ao tráfico e uso de drogas."
Já o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi (PDT) aponta razões da história contemporânea do município para a violência juvenil na fronteira.
"Houve uma grande demanda de pessoas para Foz na época da construção de Itaipu (nos anos 70 e 80). Depois da usina pronta, essas pessoas ficaram na periferia, sem trabalho."
Ghisi cita como exemplo das dificuldades da região a não-inclusão de Foz do Iguaçu no Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania). "Vivemos uma situação excepcional, em um quadro de crise social provocada pela situação na fronteira. É necessário sensibilidade", afirma.


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