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Drogas e desemprego põem Caraguatatuba no topo da violência em SP, diz prefeito
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A falta de empregos e o tráfico de drogas em Caraguatatuba
(173 km de SP) são apontados
pelo prefeito José Pereira de
Aguilar (DEM) e pelo sociólogo
da Unitau (Universidade de
Taubaté) Carlos Alberto Máximo Pimenta como os principais
fatores responsáveis pela cidade estar no primeiro lugar em
número de homicídios por habitante no Estado.
De acordo com o prefeito, a
economia de Caraguatatuba
depende basicamente do turismo de verão (de dezembro a
março). No restante do ano,
afirma, há uma queda muito
forte na oferta de empregos, o
que leva pelo menos 10% da população a ficar sem trabalho.
Para Aguilar, a solução para a
falta de empregos deve vir nos
próximos anos com a instalação de uma base da Petrobras
para processamento de gás.
Ele diz que já negocia com
entidades a abertura de cursos
profissionalizantes que capacitem moradores interessados
em trabalhar na base.
O professor de sociologia
Carlos Pimenta, pesquisador
na área de violência, afirma que
o município "não permite aos
moradores uma expectativa
quanto ao futuro".
O delegado seccional de São
Sebastião, que também responde pela vizinha Caraguatatuba,
José Francisco Rodrigues Filho, e o comandante do CPI
(Comando do Policiamento do
Interior) 1, coronel Sérgio Teixeira Alves, questionam o resultado do estudo. Para eles, a
pesquisa esta "defasada".
Segundo os policiais, o autor
não leva em consideração o fato
de Caraguatatuba ter uma população flutuante. Além disso,
dizem, os números não batem
com os oficiais.
Eles ainda apontam redução
no número de homicídios na cidade: foram 27 em 2007, contra
61 em 2006.
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