São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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Drogas e desemprego põem Caraguatatuba no topo da violência em SP, diz prefeito

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A falta de empregos e o tráfico de drogas em Caraguatatuba (173 km de SP) são apontados pelo prefeito José Pereira de Aguilar (DEM) e pelo sociólogo da Unitau (Universidade de Taubaté) Carlos Alberto Máximo Pimenta como os principais fatores responsáveis pela cidade estar no primeiro lugar em número de homicídios por habitante no Estado.
De acordo com o prefeito, a economia de Caraguatatuba depende basicamente do turismo de verão (de dezembro a março). No restante do ano, afirma, há uma queda muito forte na oferta de empregos, o que leva pelo menos 10% da população a ficar sem trabalho.
Para Aguilar, a solução para a falta de empregos deve vir nos próximos anos com a instalação de uma base da Petrobras para processamento de gás.
Ele diz que já negocia com entidades a abertura de cursos profissionalizantes que capacitem moradores interessados em trabalhar na base.
O professor de sociologia Carlos Pimenta, pesquisador na área de violência, afirma que o município "não permite aos moradores uma expectativa quanto ao futuro".
O delegado seccional de São Sebastião, que também responde pela vizinha Caraguatatuba, José Francisco Rodrigues Filho, e o comandante do CPI (Comando do Policiamento do Interior) 1, coronel Sérgio Teixeira Alves, questionam o resultado do estudo. Para eles, a pesquisa esta "defasada".
Segundo os policiais, o autor não leva em consideração o fato de Caraguatatuba ter uma população flutuante. Além disso, dizem, os números não batem com os oficiais.
Eles ainda apontam redução no número de homicídios na cidade: foram 27 em 2007, contra 61 em 2006.


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