DA AGÊNCIA FOLHA

O presidente da Coperve (Comissão Permanente do Vestibular) da Universidade Federal de Santa Catarina, Edemir Costa, afirma que uma perícia será feita no sistema de computadores do Núcleo de Banco de Dados da instituição e que as informações serão encaminhadas à Polícia Federal.
"Esses dados não são sigilosos, mas alguém, que agiu de má-fé, entrou no sistema e divulgou as informações. Não havíamos divulgado antes por uma questão de princípios, para evitar qualquer tipo de discriminação. Quem fez isso agiu de forma criminosa e vamos tomar medidas para que a Polícia Federal investigue o caso."
Costa nega que o fato de as informações terem sido distribuídas tenha causado prejuízos aos candidatos, "porque notas não podem ser modificadas".
De acordo com ele, ainda não é possível dizer que a ação tenha sido realizada por algum vestibulando insatisfeito com as cotas. Mas afirma que "em momento algum" imaginou que a proposta sobre cotas poderia gerar tanta resistência.
A menos de 15 dias para a matrícula, Costa afirma que "o mais importante" no momento é manter a calma e esperar a Justiça decidir se o sistema de cotas será mantido.
Elisa Temochko, 18, estudante que passou no curso de odontologia da UFSC por meio do sistema de cotas para negros, diz que anda apreensiva com a indefinição. "Infelizmente o ensino público é péssimo, não posso pagar um curso pra mim e não posso concorrer com quem fez cursinho. Não sou menos capacitada, só não pude pagar bons cursos", diz a vestibulanda.
(MATHEUS PICHONELLI)


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