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SEPARAÇÕES SAGRADAS 3
Após ser expulso de confessionário por ser separado, fiel decidiu `regularizar' a vida conjugal
Crença fez advogado anular casamento
da Reportagem Local
O advogado Pompeo Gallinella,
38, procurou o Tribunal Eclesiástico movido por uma preocupação
dogmática.
Católico praticante, Gallinella
quis anular seu primeiro casamento e ``regularizar'' sua situação
com a segunda mulher para poder
continuar frequentando a igreja
sem sofrer represálias.
Casado aos 19 anos, em 1978, ele
saiu de casa sete anos depois, ``em
comum acordo com a mulher'',
após ter dois filhos.
Gallinella passou a viver com outra mulher em Brasília e continuou
a frequentar a igreja.
O advogado dava até aulas de catecismo, pois achava que ``estava
sem pecado''.
Mas a mudança para São Paulo,
em 1992, e a oposição de um padre
à sua situação conjugal colocou o
Tribunal Eclesiástico no caminho
de Gallinella.
Crisma
``Meu filho iria ser crismado na
Igreja Nossa Senhora do Brasil,
nos Jardins. Antes da cerimônia,
fui confessar, como faço todos os
domingos'', conta o advogado.
``Mas o padre ficou sabendo que
eu era separado e fechou o confessionário na minha cara sem nem
me ouvir. Fiquei indignado com a
atitude do padre.''
Para continuar tendo uma vida
religiosa normal, o advogado procurou o tribunal e teve seu primeiro casamento anulado.
``Já havia casado na Igreja Católica Brasileira, que não é reconhecida pelo Vaticano, pois não sabia
que podia ter meu casamento anulado. Quando consegui, me casei
novamente. Saiu um peso da minha cabeça.''
Após a anulação de seu casamento, Gallinella passou a fazer ``propaganda'' do tribunal entre seus
amigos católicos.
(OC)
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