São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Secretaria aponta falta de terreno

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria Estadual da Educação diz que a dificuldade para substituir as 76 escolas de latão pelas de alvenaria é achar terrenos fora das áreas de mananciais.
Grande parte das unidades fica nestas regiões (como as do extremo da zona sul da capital) ou em zonas aeroportuárias (no caso as de Guarulhos), onde a construção de alvenaria é proibida, mas a de latão não é. Assim, encontrar um local para o novo colégio, que fique perto da comunidade escolar e esteja dentro da lei, tornou-se um entrave.
As 76 escolas estão espalhadas pela Grande São Paulo e pelo interior, mas a maioria se encontra na capital. São 40 na cidade, 19 na região metropolitana e 17 no interior. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, nem todas as unidades são integralmente feitas de latão. Várias, informa, têm apenas algumas salas ou laboratórios no padrão Nakamura -nome tirado do fabricante das estruturas metálicas, sendo o restante de alvenaria. Isso ocorre porque algumas foram construídas fora de regiões de manancial e acabaram sendo ampliadas com as salas de latão.
Para a secretaria, as escolas não são de latão, mas de padrão Nakamura. Elas se parecem mais com as de alvenaria do que com as de latinha, explicam, porque as condições térmicas são melhores.
Durante a construção dos colégios, os técnicos da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) -órgão da secretaria responsável pelas obras- implantaram mudanças para tentar melhorar o conforto. Os tetos, por exemplo, passaram a ser feitos com material de isolamento termoacústico. A estrutura metálica das paredes mudou do tipo simples para o patinado, um pouco mais reforçado que o anterior.
As vantagens de se fazer as escolas de latão, além da possibilidade de construção em qualquer tipo de terreno, eram duas: todo o material poderia ser reaproveitado quando substituídas por escolas de tijolo e o tempo de construção das unidades era de apenas três meses. O governo deixou de fazer esse tipo de escola em 2002. Um colégio de alvenaria pode levar até um ano para ficar pronto.
(DT)


Texto Anterior: Alckmin deixará 76 escolas de latão em SP
Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: "Danço eu, dança você na dança da solidão"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.