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OUTRO LADO
Secretaria aponta falta de terreno
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria Estadual da Educação diz que a dificuldade para
substituir as 76 escolas de latão
pelas de alvenaria é achar terrenos
fora das áreas de mananciais.
Grande parte das unidades fica
nestas regiões (como as do extremo da zona sul da capital) ou em
zonas aeroportuárias (no caso as
de Guarulhos), onde a construção
de alvenaria é proibida, mas a de
latão não é. Assim, encontrar um
local para o novo colégio, que fique perto da comunidade escolar
e esteja dentro da lei, tornou-se
um entrave.
As 76 escolas estão espalhadas
pela Grande São Paulo e pelo interior, mas a maioria se encontra na
capital. São 40 na cidade, 19 na região metropolitana e 17 no interior. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, nem todas as
unidades são integralmente feitas
de latão. Várias, informa, têm
apenas algumas salas ou laboratórios no padrão Nakamura -nome tirado do fabricante das estruturas metálicas, sendo o restante
de alvenaria. Isso ocorre porque
algumas foram construídas fora
de regiões de manancial e acabaram sendo ampliadas com as salas de latão.
Para a secretaria, as escolas não
são de latão, mas de padrão Nakamura. Elas se parecem mais com
as de alvenaria do que com as de
latinha, explicam, porque as condições térmicas são melhores.
Durante a construção dos colégios, os técnicos da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da
Educação) -órgão da secretaria
responsável pelas obras- implantaram mudanças para tentar
melhorar o conforto. Os tetos, por
exemplo, passaram a ser feitos
com material de isolamento termoacústico. A estrutura metálica
das paredes mudou do tipo simples para o patinado, um pouco
mais reforçado que o anterior.
As vantagens de se fazer as escolas de latão, além da possibilidade
de construção em qualquer tipo
de terreno, eram duas: todo o material poderia ser reaproveitado
quando substituídas por escolas
de tijolo e o tempo de construção
das unidades era de apenas três
meses. O governo deixou de fazer
esse tipo de escola em 2002. Um
colégio de alvenaria pode levar até
um ano para ficar pronto.
(DT)
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