do enviado especial

Sobrevoar as principais áreas dos incêndios em Roraima é arriscado e ainda pode provocar mal-estar entre os passageiros que acabam inspirando a fumaça dos focos que consegue penetrar no sistema de ventilação do avião.
A Folha sobrevoou no sábado a região do Apiaú, uma das mais críticas, e parte da reserva ianomami, a oeste do Estado.
No avião Bandeirante havia 16 passageiros e três tripulantes. Quando a aeronave entrou 25 km na área ianomami, repleta de focos, quatro passageiros sentiram dor de cabeça, tosse e enjôo.
A comissária de bordo distribuiu Dramin, copos d'água e recomendou que os passageiros ficassem com a cabeça para cima.
Na maior parte do vôo, de baixa altitude, não foi possível avistar o solo devido à fumaça.
Na área ianomami a fumaça aumentou e o comandante Gleidiston Moraes teve de retornar. "Em Boa Vista a visibilidade era de 700m. Na reserva estava em 50m."
Ele disse que os vôos nas áreas dos índios são perigosos porque a fumaça esconde os morros e os helicópteros do Exército, que estão dando apoio na região. (AL)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice