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Celebridades de quintal
PAULO SAMPAIO
DA REVISTA DA FOLHA
Nenhum dos personagens desta reportagem conhece o
outro, poucos leitores devem conhecer esse ou aquele e
certamente ninguém conhece todos, embora os quatro sejam verdadeiras celebridades. Onde? No meio em que circulam. São Paulo, com 11 milhões de habitantes, é suficientemente grande para manter uma constelação de mundinhos com seus respectivos elencos de, digamos, estrelas de
quintal (no sentido figurado, de âmbito de influência).
Tome-se a estilista/socialite Cris Barros, um nome "obrigatório" na agenda de quem circula em festas VIPs, colunas sociais e restaurantes cinco estrelas. "Faço roupas que
eu vestiria", explica ela que fez pós-graduação em Milão e é
dona de uma loja freqüentada por amigas clientes.
Cris dificilmente dividiria uma mesa, ou tomaria uma
cerveja, com a roqueira Debby Cassano, 39, da Mooca, ou
com o multimídia Doutor Aeilton, da cena da black music
não comercial ou da chamada "street art".
Apesar de estarem ligados à música, eles não seriam vistos no Centro de Tradição Nordestina, espaço que recebe
20 mil pessoas por fim de semana e no qual cintila o nome
do baiano Nelson Dantas, 47.
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