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FREDERICO GUILHERME MENKE JR. (1926-2009)
Da travessia do rio Tietê à caixa de medalhas
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
O rio Tietê já foi diversão (e
praia) de paulistano, como
comprovam os vários clubes
que surgiram às suas margens
no começo do século passado
-boa parte fruto da iniciativa
de imigrantes.
Entre os anos 20 e 40, os
moradores que gostavam de
praticar esporte e, de lambuja, refrescar o corpo se atiravam no rio para um percurso
de 5,5 km numa das mais tradicionais provas da cidade: a
Travessia de SP a Nado.
A dedicação à natação, para
Frederico Guilherme Menke
Jr., foi coisa recente: as piscinas entraram definitivamente em sua vida quando ele já
estava na casa dos 70 e poucos. Mas, na tentativa de explicar o interesse do pai pelas
águas, o filho Eduardo afirma
que o gosto veio da época das
travessias.
Frederico já nadou no rio
Tietê e, até um mês atrás, ainda nadava no Pinheiros, clube
do qual era conselheiro. Competidor da categoria master,
deixou em casa uma caixa
cheia de medalhas. Segundo o
filho, o clube chegou a criar
um troféu com o nome dele.
Advogado nascido no Rio,
cresceu em SP, onde trabalhou por um tempo com o pai
na fábrica de tintas da família.
Exerceu a advocacia por um
período e teve uma loja de artesanato, a Casa Menke.
Por mais de 30 anos, foi diretor do Sindicato dos Lojistas do Comércio de SP -também dirigiu o Centro do Comércio do Estado.
Morreu na sexta, aos 82,
após sofrer um infarto. Deixa
um filho e dois netos. A missa
de sétimo dia será hoje, às 11h,
na igreja São José, SP.
obituario@grupofolha.com.br
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