São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2007

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VIOLÊNCIA

Morre bebê que era mantido vivo no útero da mãe baleada

DO "AGORA"

A gestante Flávia Silveira da Silva, 25, teve um aborto espontâneo por volta das 9h30 de ontem e perdeu o bebê que esperava há quatro meses. Com o aborto, os médicos puderam constatar a morte cerebral da paciente que, no último sábado, foi baleada na cabeça em uma troca de tiros em São Bernardo do Campo, quando voltava de quermesse com amigas.
Desde então, os médicos do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, trabalhavam para salvar o bebê, mantendo a mãe viva ligada a aparelhos. A intenção da equipe era fazer com que feto do sexo masculino, que estava na 17ª semana, se desenvolvesse no útero da mãe até a 28ª semana.
O diretor clínico do hospital, Wanderley da Silva Paulo, explicou que o bebê teve uma parada cardíaca na manhã de ontem e que o próprio corpo da mãe expeliu o feto.
Ele explicou que, como a mãe era mantida viva artificialmente, o útero passava por "alterações hostis". "A pressão da mãe variava, havia alterações térmicas mesmo ela sendo aquecida artificialmente. O bebê então deixou de ter condições de sobrevivência", disse.
Segundo a PM já existe um suspeito de ser o autor do disparo que atingiu Flávia. Até ontem à noite, ninguém havia sido preso.
(GIOVANNA BALOGH)


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