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Pedágio de Belo Horizonte a SP custará até R$ 22,40
Esse será o valor máximo a ser cobrado assim que a Fernão Dias for privatizada
Nova tabela para sete rodovias federais traz valores menores do que os
previstos no primeiro edital de concessão, de janeiro
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O motorista que trafegar entre São Paulo e Belo Horizonte
pela rodovia Fernão Dias (BR-381) vai pagar até R$ 22,40 de
pedágio assim que a estrada for
privatizada, conforme a tabela
de preços máximos da tarifa definidos pelo CND (Conselho
Nacional de Desestatização).
A resolução com a tabela, para sete lotes de rodovias federais, um total de 2.600 km, foi
publicada anteontem com valores menores do que os previstos no primeiro edital de concessão, de janeiro deste ano.
Os valores caíram entre
17,6% e 22,5% em relação aos
primeiros editais. Segundo o
secretário-adjunto dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira
Passos, os novos editais devem
ser lançados em 16 de julho e os
contratos poderão ser assinados ainda neste ano. Serão considerados vencedores das licitações os grupos que apresentarem as tarifas mais baixas.
Também serão privatizadas e
pedagiadas outras estradas, como a Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo a Curitiba. No trecho, o valor da viagem foi fixado em até R$ 15,64.
O primeiro edital de concessão dessas estradas previa valores maiores, mas foi feita uma
revisão para baixo depois que o
TCU (Tribunal de Contas da
União) apontou que os valores
estavam muito altos.
Para justificar a queda, a
ANTT (Agência Nacional de
Transportes Terrestres) anexou estudos realizados por diversos órgãos do governo, como a Secretaria da Fazenda,
além de alterações no edital.
Nos cálculos de composição
das tarifas, por exemplo, o edital vai reduzir a margem de lucro para as empresas interessadas, que também não terão de
recolher a outorga (contrapartida paga ao governo no momento de assinar o contrato).
"O governo abriu mão da outorga e previu empréstimos do
BNDES, com juros mais baixos
do que os do mercado, para termos tarifas mais baixas", disse
o secretário-adjunto.
A Folha procurou ontem a
ABCR (Associação Brasileira
de Concessionárias de Rodovias) para comentar os termos
da concessão, mas não havia
ninguém para falar.
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