São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2007 |
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entrevista "Não se justifica esquecer o filho como se fosse CD" DA REPORTAGEM LOCAL
Não existe nenhuma justificativa humanamente aceitável, diz o promotor Ricardo
Manuel Castro, que explique
como um pai pode esquecer
uma criança dentro do carro.
Castro, que não possui filhos e assina a denúncia encaminhada à 6ª Vara Criminal de Guarulhos contra o
biólogo Ricardo Garcia, afirma que optou por não suspender o processo (que livraria Garcia de enfrentar um
júri, por exemplo).
Ele afirma que isso não seria suficiente para reprovação da conduta do pai, e não
acredita na explicação de que
a quebra da rotina pode levar
alguém a esquecer coisas importantes. Leia abaixo:
FOLHA - Que razões levaram o senhor a oferecer a denúncia? RICARDO MANUEL CASTRO - Não havia razão para a suspensão do processo. A morte da criança foi resultado de uma conduta do pai caracterizada como um crime. Neste caso, temos o seguinte fato: o réu é biólogo e tem a função de preservar a vida, em um sentido genérico. Se tem de preservar em sentido genérico, imagine preservar a vida do próprio filho. Não encontro argumento plausível, nenhuma justificativa humanamente aceitável, sem ser repugnante, de que alguém possa esquecer um filho como se esquece um CD, uma bolsa. É um filho. FOLHA - Alguns psicólogos explicam que o cérebro pode ter um
lapso com a quebra da rotina e...
FOLHA - O senhor tem filhos?
FOLHA - Qual é a pena prevista?
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