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Políticos defendem as contratações e dizem que familiares são competentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Os vereadores de São Paulo
que empregam parentes na Câmara Municipal defendem suas
contratações sob argumento de
que o nepotismo não é ilegal.
Responsável por avaliar desvios de condutas dos colegas, o
corregedor da Casa, vereador
Wadih Mutran (PP), colocou
uma filha em seu gabinete e
uma neta na liderança de seu
partido. Ele é taxativo: "São
pessoas competentes e de minha confiança. Se pudesse, poria todos os meus familiares para trabalhar comigo". Ele completa: "Quando for proibido,
não contrato mais parentes".
Dalton Silvano (PSDB), que
tem uma irmã e uma filha lotadas em seu gabinete, diz que o
problema não está nos "parentes que trabalham". "O pior é o
nepotismo fantasma, quando o
parente não aparece no serviço", argumenta o tucano.
Líder do DEM na Câmara,
Carlos Apolinario diz que sua
irmã, funcionária de carreira,
está na Casa há mais de 20
anos, portanto nada tem a ver
com sua contratação. Ele tomou posse pela primeira vez
em 2003. Sobre Roberta Apolinario, funcionária do gabinete
casada com seu sobrinho, o líder do DEM afirma: "Ela trabalha comigo há muitos anos. Só
teve a infelicidade de se casar
com um parente meu".
Com uma filha e um sobrinho empregados em seu gabinete, o vereador Toninho Paiva, que presidente o PR paulistano, alega que o assunto nepotismo sempre é retomado
"quando chega a época de eleições". "Eles estão comigo desde
1992. Fazem um trabalho sério", diz o vereador.
Adilson Amadeu (PTB), que
deu cargo de confiança a dois filhos, e Jooji Hato, líder do
PMDB que tem um sobrinho e
uma filha empregados na Casa,
não responderam aos pedidos
de entrevista da Folha.
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