São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2008

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Políticos defendem as contratações e dizem que familiares são competentes

DA REPORTAGEM LOCAL

Os vereadores de São Paulo que empregam parentes na Câmara Municipal defendem suas contratações sob argumento de que o nepotismo não é ilegal.
Responsável por avaliar desvios de condutas dos colegas, o corregedor da Casa, vereador Wadih Mutran (PP), colocou uma filha em seu gabinete e uma neta na liderança de seu partido. Ele é taxativo: "São pessoas competentes e de minha confiança. Se pudesse, poria todos os meus familiares para trabalhar comigo". Ele completa: "Quando for proibido, não contrato mais parentes".
Dalton Silvano (PSDB), que tem uma irmã e uma filha lotadas em seu gabinete, diz que o problema não está nos "parentes que trabalham". "O pior é o nepotismo fantasma, quando o parente não aparece no serviço", argumenta o tucano.
Líder do DEM na Câmara, Carlos Apolinario diz que sua irmã, funcionária de carreira, está na Casa há mais de 20 anos, portanto nada tem a ver com sua contratação. Ele tomou posse pela primeira vez em 2003. Sobre Roberta Apolinario, funcionária do gabinete casada com seu sobrinho, o líder do DEM afirma: "Ela trabalha comigo há muitos anos. Só teve a infelicidade de se casar com um parente meu".
Com uma filha e um sobrinho empregados em seu gabinete, o vereador Toninho Paiva, que presidente o PR paulistano, alega que o assunto nepotismo sempre é retomado "quando chega a época de eleições". "Eles estão comigo desde 1992. Fazem um trabalho sério", diz o vereador.
Adilson Amadeu (PTB), que deu cargo de confiança a dois filhos, e Jooji Hato, líder do PMDB que tem um sobrinho e uma filha empregados na Casa, não responderam aos pedidos de entrevista da Folha.


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