São Paulo, domingo, 30 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Psiu diz que atende todas reclamações

Prefeitura de São Paulo afirma que recebe cerca de 2.500 queixas de barulho excessivo na cidade por mês

Multa ocorre quando Psiu faz vistoria, o que nem sempre acontece quando a fiscalização está presente no local

DE SÃO PAULO

De acordo com os engenheiros e advogados entrevistados pela Folha, a procura por laudos periciais e ações contra barulho em São Paulo só tem crescido.
Não por incompetência do Psiu, mas por falhas na legislação e pelo aumento constante de condições urbanas favoráveis à poluição sonora.
Em nota, a Secretaria da Coordenação das Subprefeituras informa que o Psiu atende a todas as demandas recebidas que sejam relativas a barulho excessivo em estabelecimentos comerciais.
"A média de reclamações é de 2.500 pedidos por mês e todos são atendidos. As vistorias são realizadas diariamente e, assim que uma reclamação entra pelos canais da prefeitura, são colocadas na programação."
A nota diz ainda que, quando se trata de uma reclamação primária, o serviço envia um comunicado avisando que o local é alvo de reclamações. Isso também deve ser considerado como atendimento.
Também, de acordo com a lei, a infração deve acontecer no momento em que o Psiu faz a vistoria, o que nem sempre acontece quando a fiscalização está presente.

RESPOSTAS
Sobre o caso da avenida Rio Branco, o programa afirma ter realizado 36 fiscalizações na casa noturna.
"Em todas as vistorias, o ruído emitido foi equivalente ao de fundo [do trânsito], ou seja, ao barulho proveniente da rua e, portanto, a legislação não prevê multa."
A casa continua em funcionamento após concessão de liminar do Ministério Público, informaram tanto a nota quanto a síndica do condomínio Rio Branco.
Já na Vila Santa Catarina, o Psiu afirma que a Igreja Mundial do Poder de Deus foi vistoriada em fevereiro e constatou-se que o ruído emitido não ultrapassava o limite permitido pela lei.
Para a casa Open Bar, constam no sistema do Psiu 18 protocolos de reclamação. Em todas as 18 vistorias o local também se encontrava regular, segundo a secretaria.
A reportagem da Folha esteve na igreja da Vila Santa Catarina para fazer uma foto do loca e foi ameaçada por seguranças.
Não foi encontrada uma assessoria de imprensa que pudesse comentar o incidente no telefone da sede da igreja, localizada no Brás. Apenas um obreiro, que não se identificou, se desculpou pelo comportamento e prometeu informar o caso à direção do templo.


Texto Anterior: Laudo não é única prova contra ruído excessivo
Próximo Texto: Análise: Barulho se tornou a nova "música" nas cidades
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.