|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Psiu diz que atende todas reclamações
Prefeitura de São Paulo afirma que recebe cerca de 2.500 queixas de barulho excessivo na cidade por mês
Multa ocorre quando Psiu faz vistoria, o que nem sempre acontece quando a fiscalização está presente no local
DE SÃO PAULO
De acordo com os engenheiros e advogados entrevistados pela Folha, a procura por laudos periciais e
ações contra barulho em São
Paulo só tem crescido.
Não por incompetência do
Psiu, mas por falhas na legislação e pelo aumento constante de condições urbanas
favoráveis à poluição sonora.
Em nota, a Secretaria da
Coordenação das Subprefeituras informa que o Psiu
atende a todas as demandas
recebidas que sejam relativas
a barulho excessivo em estabelecimentos comerciais.
"A média de reclamações é
de 2.500 pedidos por mês e
todos são atendidos. As vistorias são realizadas diariamente e, assim que uma reclamação entra pelos canais
da prefeitura, são colocadas
na programação."
A nota diz ainda que,
quando se trata de uma reclamação primária, o serviço
envia um comunicado avisando que o local é alvo de
reclamações. Isso também
deve ser considerado como
atendimento.
Também, de acordo com a
lei, a infração deve acontecer
no momento em que o Psiu
faz a vistoria, o que nem sempre acontece quando a fiscalização está presente.
RESPOSTAS
Sobre o caso da avenida
Rio Branco, o programa afirma ter realizado 36 fiscalizações na casa noturna.
"Em todas as vistorias, o
ruído emitido foi equivalente
ao de fundo [do trânsito], ou
seja, ao barulho proveniente
da rua e, portanto, a legislação não prevê multa."
A casa continua em funcionamento após concessão
de liminar do Ministério Público, informaram tanto a nota quanto a síndica do condomínio Rio Branco.
Já na Vila Santa Catarina,
o Psiu afirma que a Igreja
Mundial do Poder de Deus foi
vistoriada em fevereiro e
constatou-se que o ruído
emitido não ultrapassava o
limite permitido pela lei.
Para a casa Open Bar,
constam no sistema do Psiu
18 protocolos de reclamação.
Em todas as 18 vistorias o local também se encontrava regular, segundo a secretaria.
A reportagem da Folha esteve na igreja da Vila Santa
Catarina para fazer uma foto
do loca e foi ameaçada por
seguranças.
Não foi encontrada uma
assessoria de imprensa que
pudesse comentar o incidente no telefone da sede da igreja, localizada no Brás. Apenas um obreiro, que não se
identificou, se desculpou pelo comportamento e prometeu informar o caso à direção
do templo.
Texto Anterior: Laudo não é única prova contra ruído excessivo Próximo Texto: Análise: Barulho se tornou a nova "música" nas cidades Índice
|