JULIO ABRAMCZYK
De cada três vítimas por "causas externas" (acidentes, agressões, quedas ou queimaduras) atendidas no Pronto Socorro do HC, uma apresentava nível elevado de álcool no sangue, revela pesquisa realizada pela médica Cynthia Gazal Carvalho.
Desses pacientes, 84,3% apresentavam níveis de pelo menos 1,0 g/l (a presença de mais de 0,1 grama de álcool por litro de sangue já é considerada alcoolemia positiva), demonstra Gazal Carvalho, na tese de doutorado aprovada no último dia 25 no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP.
O estudo trata de vítimas, e não de autores de acidentes ou agressores. Confirma estudos internacionais relacionando níveis altos de alcoolemia com vítimas fatais de agressões e a duplicação da possibilidade de acidente fatal em motoristas para cada aumento do percentual da alcoolemia.
A pesquisa revela que o perfil de comportamento de risco pelo consumo agudo e intenso de álcool foi observado mais em jovens do sexo masculino, com idade média de 29 anos.
Observa, ainda, que a segunda causa de morte na população brasileira se deve às "causas externas". Mas passa a ocupar o primeiro lugar nas idades entre um e 44 anos. E, nos últimos 20 anos, cresceu cerca de 50% em relação às demais causas.
Os resultados observados pela médica Cynthia Gazal Carvalho em seu doutorado reforçam o conhecimento do envolvimento do álcool nas vítimas por "causas externas" e sugerem uma população de risco a ser considerada em estratégias de prevenção.

ASTROLOGIA

Senador apóia pseudociência
O senador Artur da Távola (PSDB/RJ), líder do governo no Senado, acaba de colocar o Brasil na liderança mundial dos absurdos parlamentares. Apresentou o projeto de lei que regulamenta a profissão de astrólogo. Pelo projeto, os astrólogos terão direito a um Conselho Federal de Astrologia, sindicato e tudo o mais que os astros indicarem. Para quem não acreditar, um funcionário de seu gabinete atende pelo telefone 0/xx/61/311-2432 e confirma o projeto, cuja íntegra está no site www.senado.gov.br.

GERIATRIA

Exercícios ajudam idosos
A atividade física dos idosos (pessoas com mais de 65 anos), mesmo em níveis moderados, produz real diferença para a saúde e para o bem-estar pessoal, assegura relatório do Departamento de Saúde dos EUA.


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