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JOÃO GONÇALVES FILHO (1934-2010)
Ele participou de 7 Olimpíadas
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
João Gonçalves Filho caiu
em muitas piscinas, em diversas cidades, durante várias Olimpíadas. Nadou em
Helsinque, na Finlândia, em
1952; depois, em Melbourne,
na Austrália, em 1956.
A lista continua, mas em
outra modalidade: em Roma
(1960), Tóquio (1964) e Cidade do México (1968), o atleta
de Rio Claro (SP) jogou polo
aquático. Nesta última, ainda nadou e foi porta-bandeira, o que lhe dava orgulho.
Teria ido a Alemanha, em
1972, não tivesse o Brasil cortado o polo naquele ano,
conta a filha Cristina, professora de educação física.
Mas sua ida aos Jogos
Olímpicos -nos quais nunca
ganhou medalha- não parou por aí: como técnico da
seleção de judô, foi a Barcelona (1992) e a Atlanta (1996).
Até os 14, João viveu em
sua cidade. Mudou-se para o
Rio, para nadar pelo Fluminense, e lá conheceu a mulher, Wilma, que fazia salto
ornamental e balé aquático.
Em 1961, casou-se, veio
para SP e entrou para o clube
Pinheiros, onde ficaria até o
fim da vida, como chefe do
departamento de judô.
Como técnico, foi uma espécie de general, mas tratava
os atletas com respeito e carinho, diz a filha. Gostava de
dizer que sonhos não têm limites e que era preciso sempre buscar a superação.
Havia se formado em direito pelo Mackenzie, em 1964,
e chegou a ser advogado.
Em abril, quebrou o fêmur
numa queda. Na cirurgia, teve complicações de fígado.
Morreu no domingo, aos 75
anos, deixando viúva, quatro
filhas e quatro netos.
A missa de sétimo dia será
amanhã, às 10h, na igreja
São José, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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