São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2010

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JOÃO GONÇALVES FILHO (1934-2010)

Ele participou de 7 Olimpíadas

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

João Gonçalves Filho caiu em muitas piscinas, em diversas cidades, durante várias Olimpíadas. Nadou em Helsinque, na Finlândia, em 1952; depois, em Melbourne, na Austrália, em 1956.
A lista continua, mas em outra modalidade: em Roma (1960), Tóquio (1964) e Cidade do México (1968), o atleta de Rio Claro (SP) jogou polo aquático. Nesta última, ainda nadou e foi porta-bandeira, o que lhe dava orgulho.
Teria ido a Alemanha, em 1972, não tivesse o Brasil cortado o polo naquele ano, conta a filha Cristina, professora de educação física.
Mas sua ida aos Jogos Olímpicos -nos quais nunca ganhou medalha- não parou por aí: como técnico da seleção de judô, foi a Barcelona (1992) e a Atlanta (1996).
Até os 14, João viveu em sua cidade. Mudou-se para o Rio, para nadar pelo Fluminense, e lá conheceu a mulher, Wilma, que fazia salto ornamental e balé aquático.
Em 1961, casou-se, veio para SP e entrou para o clube Pinheiros, onde ficaria até o fim da vida, como chefe do departamento de judô.
Como técnico, foi uma espécie de general, mas tratava os atletas com respeito e carinho, diz a filha. Gostava de dizer que sonhos não têm limites e que era preciso sempre buscar a superação.
Havia se formado em direito pelo Mackenzie, em 1964, e chegou a ser advogado.
Em abril, quebrou o fêmur numa queda. Na cirurgia, teve complicações de fígado. Morreu no domingo, aos 75 anos, deixando viúva, quatro filhas e quatro netos.
A missa de sétimo dia será amanhã, às 10h, na igreja São José, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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