DE BELÉM - Três médicos foram indiciados por lesão corporal pela Polícia Civil do Pará após o encerramento de um inquérito sobre um parto que acabou não acontecendo em abril em Belém (PA).
No dia 19 daquele mês, Lana Pimenta, 20, foi à Santa Casa de Misericórdia do município depois de sentir dores de parto. A cesariana chegou a ser realizada.
Durante o procedimento, no entanto, um dos médicos concluiu que ela não mais esperava uma criança.
Os três médicos foram indiciados, contudo, por não terem percebido, em exames feitos antes do parto, que ela já não estava grávida, o que acabou acarretando em uma cirurgia desnecessária.
À época, surgiu a suspeita de que a criança pudesse ter sido raptada. A Polícia Civil do Pará concluiu, porém, que o filho não desapareceu durante o parto.
De acordo com as investigações policiais, ela chegou à sala de parto já sem o feto.
A gravidez de Pimenta tinha sido comprovada por exames. Foi levantada a possibilidade de ela ter sofrido um aborto na 26ª semana de gestação, quando teve um sangramento, disse a polícia.
O inquérito não explica por que, durante as dez semanas restantes de gravidez, a mulher não teve sintomas de ter perdido o filho.
Lana Pimenta já disse que processará os médicos envolvidos no caso. Ela recebe assistência psicológica.

OUTRO LADO
A Folha não conseguiu localizar a direção da Santa Casa ontem para comentar o caso. A defesa dos três médicos também não foi encontrada.


Texto Anterior: Folha.com
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